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domingo, 19/10/2025

dólar cai em mercado calmo sem novidades econômicas

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Em São Paulo, o dólar iniciou o dia com queda leve frente ao real em uma manhã sem grandes movimentações no Brasil ou no exterior. Ainda não há um fator claro que defina a direção da moeda.

Por volta das 9h08, a moeda americana era negociada em R$ 5,436, com uma queda de 0,14%. Na quinta-feira, o dólar encerrou o dia com baixa de 0,37%, cotado a R$ 5,441. A Bolsa de Valores também caiu 0,28%, fechando aos 142.200 pontos.

Na quinta, o ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira e o secretário de Estado dos EUA Marco Rubio se reuniram na Casa Branca. O governo americano divulgou que o encontro foi positivo e que um cronograma de trabalho foi definido, evidenciando uma boa sintonia entre as duas partes.

Estas notícias vieram após o fechamento do mercado financeiro. Também na quinta-feira, foi divulgado o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que mostra que a economia brasileira cresceu 0,4% em agosto, interrompendo três meses consecutivos de queda, apesar de ficar abaixo da expectativa de 0,6%.

Analistas apontam que a desaceleração vem do ambiente de juros elevados e das incertezas sobre as tarifas americanas. O Banco Central decidiu manter a taxa Selic em 15% ao ano na última reunião, indicando que essa taxa deve permanecer por um tempo para controlar a inflação.

A economista-chefe do PicPay, Ariane Benedito, afirma que o crescimento econômico deve continuar moderado, influenciado pela política monetária, a confiança dos agentes e o mercado de trabalho, que enfrenta desafios fiscais e externos.

Agosto também marcou a implementação de uma tarifa de 50% dos EUA sobre importações brasileiras como carne, café e frutas. Marco Rubio e Mauro Vieira iniciaram diálogos para discutir a redução dessas tarifas, o que traz esperança para os investidores segundo o analista da StoneX, Leonel Mattos.

As tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China continuam a impactar o mercado global. Recentemente, o governo chinês impôs regras para controlar a exportação de terras raras, essenciais para várias indústrias, causando preocupação. O presidente americano Donald Trump anunciou tarifas adicionais de 100% sobre produtos chineses a partir de novembro.

O Ministério do Comércio da China defende o diálogo, porém indica estar preparado para enfrentar um confronto caso as tarifas adicionais sejam mantidas. A China também criticou o que chama de exagero do lado americano quanto a esses controles de exportação.

Apesar do alívio pela trégua temporária nas tarifas que expira em 12 de novembro, as negociações devem ficar mais tensas e podem afetar uma possível reunião entre Donald Trump e o presidente chinês Xi Jinping no final do mês.

No radar dos investidores, também está previsto um possível corte na taxa de juros do Federal Reserve (Fed) dos EUA ainda em outubro. O presidente do Fed, Jerome Powell, indicou que as condições econômicas atuais continuam favorecendo essa decisão, devido a sinais de fraqueza no mercado de trabalho e inflação estável.

A economista Julia Coronado, ex-consultora do Fed, afirmou que o corte de juros este mês é praticamente certo devido aos riscos existentes no mercado de trabalho.

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