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quarta-feira, 29/10/2025

Dólar cai e Bolsa sobe com expectativa de redução de juros nos EUA e encontro entre Trump e Xi

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

O dólar está em queda e a Bolsa de Valores ultrapassa os 149 mil pontos nesta quarta-feira (29), com investidores aguardando uma provável diminuição da taxa de juros nos Estados Unidos. O anúncio oficial está marcado para as 15h, horário de Brasília.

Especialistas estimam que o Federal Reserve (Fed) poderá diminuir a taxa de juros em 0,25 ponto percentual, o que situaria a taxa entre 3,75% e 4%.

Além disso, os mercados acompanham de perto o encontro entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder chinês, Xi Jinping, que ocorre na quinta-feira (30) em Seul, onde discutirão a possibilidade de um acordo comercial.

Por volta das 14h14, o dólar registrava queda de 0,33%, cotado a R$ 5,343. Na mesma hora, o índice Ibovespa subia 1,1%, atingindo 149.058 pontos, com destaque para as ações da Vale e Santander.

O Fed tem como meta equilibrar as políticas monetárias entre dados de emprego e inflação, buscando manter o mercado de trabalho aquecido e a inflação controlada em 2% ao ano.

No entanto, enfrenta o desafio de escolher entre priorizar o mercado de trabalho, que apresenta sinais de desaceleração com aumento nos pedidos de seguro-desemprego, ou o controle da inflação, que tem mostrado aumento nos preços ao consumidor, recentemente registrados em 3% no último ano até setembro.

Taxas de juros altas podem conter a inflação, mas desestimulam o consumo e o emprego. Juros baixos favorecem o emprego, mas podem acelerar a inflação.

Na última decisão, o Fed destacou que os riscos para o mercado de trabalho eram maiores do que para a inflação e, por isso, reduziu os juros em 0,25 ponto percentual. O presidente da instituição, Jerome Powell, reforçou essa perspectiva, levando o mercado a esperar outra redução agora.

Julia Coronado, pesquisadora da MacroPolicy Perspectives e ex-economista do Fed, comenta que “um corte de juros em outubro já é praticamente certo” devido aos riscos para o mercado de trabalho.

Reduções de juros nos EUA costumam ser positivas para os mercados globais, porque o mercado norte-americano é visto como o mais sólido, e os títulos do Tesouro (treasuries) são considerados investimentos seguros.

Com juros altos, investidores retiram recursos de outros mercados para investir nos treasuries. Com juros mais baixos, procuram diversificar, favorecendo outros investimentos.

No Brasil, isso favorece os ativos locais, porque, com juros americanos em queda e a Selic alta, investidores buscam a estratégia de “carry trade”: pegam empréstimos a juros baixos nos EUA para aplicar aqui, comprando reais e valorizando a moeda brasileira enquanto desvaloriza o dólar.

A expectativa de um acordo entre EUA e China também anima os mercados. Trump afirma que os dois países estão próximos de resolver o impasse sobre as exportações chinesas de terras raras, que estavam restritas pelo governo Xi Jinping.

Em troca, Trump ameaçou impor sobretaxas de 100% sobre produtos chineses, e os líderes se encontrarão na quinta-feira na Coreia do Sul.

Trump declarou respeito pelo presidente Xi e acredita que um acordo será alcançado em breve.

Na segunda-feira, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, conversaram por telefone para preparar o terreno para encontros de alto nível entre os países.

Wang Yi destacou o respeito e longa relação entre Xi Jinping e Donald Trump, definindo isso como um importante ativo estratégico para a relação entre China e EUA.

Os dois governos esperam avançar desde que ambas as partes se comprometam a resolver conflitos através do diálogo, evitando pressões.

Nos Estados Unidos, os principais índices de Wall Street alcançavam recordes, com a empresa Nvidia atingindo um valor de mercado acima de US$ 5 trilhões, após anunciar grandes encomendas de chips de inteligência artificial e planos para construir supercomputadores para o governo americano.

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