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terça-feira, 24/06/2025




Dólar cai com notícias de cessar-fogo no Oriente Médio e ata do BC

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar iniciou a terça-feira (24) com uma leve queda, influenciado pelo avanço nas negociações de cessar-fogo no Oriente Médio e pela expectativa em torno da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Às 9h10, a moeda americana recuava 0,44%, cotada a R$ 5,479, acompanhando a desvalorização global da divisa. Na segunda-feira, a moeda fechou em queda de 0,40%, a R$ 5,504, acumulando baixa de 10,92% no ano. A Bolsa de Valores também sofreu baixa de 0,41%, fechando em 136.550 pontos, pressionada principalmente pela queda das ações da Petrobras após forte redução nos preços do petróleo.

O mercado reage às tensões militares entre Irã, Israel e Estados Unidos, com o último apoiando Israel e realizando ataques a instalações nucleares iranianas, que responderam com mísseis a bases americanas no Qatar e no Iraque. Apesar dos confrontos, as bolsas europeias e asiáticas registraram quedas, enquanto as americanas fecharam em alta, refletindo a percepção de que as recentes ações militares são limitadas e simbólicas.

O dólar perdeu valor em relação a diversas moedas e o índice DXY, que mede sua força frente a seis moedas principais, caiu 0,34%, fechando a 98,37. O conflito, iniciado em 13 de junho, tem provocado preocupação quanto aos impactos na inflação e na economia global, especialmente pela ameaça iraniana de fechar o estreito de Hormuz, uma rota marítima estratégica para a exportação de petróleo e gás. Um eventual bloqueio deste canal poderia elevar os preços da energia e pressionar a inflação mundial.

O barril do petróleo Brent caiu 8,87%, sendo cotado a US$ 70,18, enquanto o WTI recuou 10,34%, a US$ 67,26. A Petrobras viu suas ações recuarem, com as ordinárias caindo 2,81%, a R$ 34,90, e as preferenciais 2,86%, a R$ 31,88. As bolsas caíram na Europa e Ásia, com exceção dos principais índices chineses e de Wall Street, onde S&P 500, Nasdaq e Dow Jones registraram ganhos que superaram 0,8%.

Eduardo Moutinho, analista do Ebury Bank, aponta que o mercado permanece cauteloso mas mantém esperança de que o conflito não se intensifique. Alison Correia, da Dom Investimentos, reforça esta visão de uma resposta contida dos investidores. Luciano Carvalho, CEO do banco Moneycorp, destaca a busca por investimentos em mercados emergentes como o brasileiro, apoiada na gestão do Banco Central.

Nesta semana, os investidores também irão observar atentamente a ata da reunião do Banco Central, a divulgação do IPCA-15 de junho, depoimentos do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e dados inflacionários dos Estados Unidos. Além disso, negociações comerciais envolvendo os EUA podem influenciar o cenário econômico.




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