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terça-feira, 07/10/2025

Dólar cai com interesse em moedas de países emergentes e conversa entre lula e trump

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O dólar fechou em baixa impulsionado pelo interesse dos investidores em moedas de países emergentes, principalmente na América Latina. A conversa amigável por telefone entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump contribuiu para a valorização do real na abertura da semana.

Apesar de o dólar ter se fortalecido em relação a moedas de países desenvolvidos como o euro e o iene, ele perdeu força em comparação com moedas emergentes. O índice que mede a força do dólar ante outras moedas fortes subiu, enquanto o iene japonês teve uma desvalorização significativa devido a mudanças políticas internas no Japão.

Rafael Prado, economista da GO Associados, ressalta que a desvalorização do iene favorece moedas de países com juros altos, como o Brasil, ajudando a valorizar o real. O real foi a moeda latino-americana que mais se valorizou no dia, seguido pelo rand sul-africano.

Além disso, o petróleo teve alta nas cotações internacionais, beneficiando moedas de países exportadores de commodities. O presidente do Banco Central do Brasil, Gabriel Galípolo, afirmou em evento que o objetivo de manter a inflação em 3% é uma diretriz que o banco não pode ignorar. A taxa básica de juros Selic deve ser mantida em 15% até o final do ano, e a expectativa de cortes futuros nos juros nos EUA deve continuar valorizando o real.

Segundo o economista André Perfeito, a valorização do real parece estar associada à conversa entre Lula e Trump, que é vista como um sinal positivo para as relações diplomáticas e comerciais entre Brasil e Estados Unidos. Lula pediu a Trump a retirada de tarifas e sanções impostas ao Brasil, e o governo dos EUA designou o secretário de Estado Marco Rubio para conduzir as negociações.

A bolsa brasileira, Ibovespa, teve uma leve queda, oscilando, com ganhos em algumas ações como da mineradora Vale, enquanto setores financeiros perderam valor. Investidores aguardam novas informações sobre as negociações entre os dois países para avaliar possíveis impactos comerciais e econômicos.

Juros

O diálogo amistoso entre os presidentes também suavizou os juros futuros negociados na bolsa, embora a cautela persista devido a questões fiscais domésticas e o ambiente global dos mercados de renda fixa. As taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro tiveram pequenas quedas.

Donald Trump classificou a conversa como ótima e afirmou que os dois devem se encontrar em breve. O economista-chefe do banco BMG, Flávio Serrano, ressalta que a aproximação diplomática ajuda a moderar os juros, porém ainda há preocupações fiscais e possíveis gastos futuros que mantêm o mercado em alerta.

Expectativas de inflação permanecem estáveis, com o banco central comprometido com a meta oficial de 3%, embora a convergência para esse patamar ocorra apenas até 2028. O banco realiza monitoramento constante das condições do mercado de trabalho para definir futuros passos na política monetária.

Em resumo, o fortalecimento do real e a queda do dólar estão associados à melhora nas relações entre Brazil e Estados Unidos, que podem resultar em redução de tarifas e estímulo aos mercados emergentes, ao mesmo tempo em que os investidores permanecem atentos à situação fiscal e à política monetária no Brasil.

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