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sexta-feira, 07/11/2025




Dólar cai após isenção do IR ser aprovada

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

O dólar iniciou a quinta-feira (2) em queda frente ao real, acompanhando a baixa da moeda americana no cenário internacional. Os investidores brasileiros estão avaliando os impactos da aprovação, na noite anterior, do projeto que concede isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5.000 mensais, na Câmara dos Deputados.

Em entrevista dada hoje em Brasília, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou acreditar que não haverá dificuldades para que o Senado também aprove a isenção do IR para essa faixa de renda.

Às 9h11, o dólar à vista registrava queda de 0,32%, sendo negociado a R$ 5,311 na venda.

Na quarta-feira (1º), o dólar havia subido 0,10%, valendo R$ 5,328, enquanto o Ibovespa caiu 0,56%, alcançando 145.415 pontos.

O mercado repercute também a paralisação parcial do governo dos Estados Unidos, ocorrida após a rejeição, pelo Senado, de um projeto que garantiria o funcionamento até 21 de novembro. A disputa envolve um impasse sobre a extensão dos benefícios de saúde, com democratas insistindo na inclusão da prorrogação, enquanto republicanos consideram que o tema deve ser tratado separadamente.

Essa interrupção é a 15ª desde 1981, e sua duração ainda é incerta. Especialistas apontam que pode ser mais longa do que paralisações anteriores, dado o confronto entre o presidente Donald Trump e membros da Casa Branca com os democratas, o que pode significar cortes em programas e na folha de pagamento do governo.

O problema orçamentário em disputa envolve cerca de US$ 1,7 trilhão, que corresponde a um quarto do orçamento federal americano de US$ 7 trilhões.

Essa paralisação impacta diretamente várias atividades das agências governamentais, com relatos de possíveis atrasos em pesquisas, demissões de servidores e prejuízos financeiros significativos para o governo. Além disso, dados essenciais sobre emprego e inflação, fundamentais para decisões do Banco Central dos EUA, podem não ser divulgados no prazo.

Para os investidores, essa falta de informações confiáveis no momento em que o Federal Reserve está avaliando cortes nas taxas de juros é motivo de preocupação, pois reduz a clareza sobre a situação econômica e dificulta as decisões de investimento.

Recentemente, o relatório ADP, que mede o emprego no setor privado, mostrou um fechamento de 32 mil vagas em setembro, contrariando as expectativas de abertura de empregos e sinalizando uma desaceleração econômica.

Essa surpresa negativa aumentou as apostas de que o Fed deverá cortar juros nas próximas reuniões, influenciando a queda do dólar e dos títulos públicos americanos. Contudo, diante da incerteza sobre os próximos dados econômicos oficiais, investidores tendem a evitar ativos mais arriscados, como o real e outras moedas emergentes.

Segundo o economista sênior do Inter, André Valério, mesmo que a paralisação se prolongue e dificulte o acesso a dados oficiais, a prioridade do Fed em relação ao emprego torna provável um corte dos juros já em outubro, baseado em informações alternativas como o relatório ADP.




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