O dólar à vista começou a sessão desta quinta-feira, 19, renovando máximas e ultrapassou os R$ 3,880, acompanhando o fortalecimento da moeda americana no exterior. O movimento reflete as avaliações do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, que minimizou o impacto das disputas comerciais e demonstrou otimismo com a economia norte-americana, o que reforçou as expectativas dos investidores sobre a força da moeda no longo prazo.
Mais cedo, a divulgação de dados positivos sobre a economia dos Estados Unidos deu suporte à valorização adicional, assim como a queda dos preços do petróleo. Os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA caíram 8 mil na última semana, a 207 mil, ante previsão de 220 mil, enquanto o índice de atividade regional do Federal Reserve da Filadélfia subiu de 19,9 em junho a 25,7 em julho, ante projeção de 20,8 dos analistas.
No cenário doméstico, as articulações para a formação de alianças de olho na corrida presidencial deixam os investidores na retaguarda. Há expectativas em torno da definição do pré-candidato que terá o apoio do Centrão (bloco integrado pelas legendas Solidariedade, PRB, DEM e PP), que está entre os pré-candidatos Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin(PSDB).
O apoio do bloco também é cobiçado pelo ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, pré-candidato do MDB ao Palácio do Planalto, que concede às 11h entrevista ao Broadcast Ao Vivo Interativo.
A movimentação do pré-candidato do PSL, Jair Bolsonaro, para indicar seu vice também está no radar. Há possibilidade de formação de uma “chapa pura” com a advogada Janaina Paschoal, uma das autoras do pedido de impeachment da ex-presidente petista Dilma Rousseff, que se filiou ao PSL em maio. Em entrevista à Rádio Eldorado, Janaina disse que ainda não recebeu nenhum convite, mas se mostrou otimista com a possibilidade.
Às 9h35 desta quinta-feira, o dólar à vista atingiu máxima, aos R$ 3,8863 (+1,09%). O dólar futuro de agosto estava em alta de 0,83%, aos R$ 3,8890.