O Copom afirmou hoje que existem novas pressões em “componentes voláteis” da inflação, como nos custos de energia elétrica e de alimentos.
O dólar à vista já oscilou bastante e por volta das 9h30 recuava 0,26%, a R$ 5,2352, enquanto o dólar futuro setembro rondava a estabilidade a R$ 5,250. Investidores precificam a ata do Copom “hawkish”, que confirmou a mensagem do comunicado da reunião, e o IPCA de julho dentro do esperado, embora levemente acima da mediana do mercado. O índice de preços ao consumidor amplo subiu 0,96% em julho, de 0,53% em junho, praticamente em linha com a mediana estimada pelo Projeções Broadcast (0,95%).
Já o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central afirmou hoje, por meio da ata de seu último encontro, que existem novas pressões em “componentes voláteis” da inflação, como nos custos de energia elétrica e de alimentos. Além disso, o BC pontuou que a inflação ao consumidor “continua se revelando persistente”. “Destacam-se a surpresa com o componente subjacente da inflação de serviços e a continuidade da pressão sobre bens industriais, causando elevação dos núcleos.”
Ao tratar das novas pressões em componentes voláteis, o BC citou “a possível elevação do adicional da bandeira tarifária e os novos aumentos nos preços de alimentos, ambos decorrentes de condições climáticas adversas”. “Em conjunto, esses fatores acarretam revisão significativa das projeções de curto prazo”, acrescentou a instituição.
Na ata, o BC também repetiu a ideia, já expressa no comunicado da semana passada, de que “as diversas medidas de inflação subjacente apresentam-se acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta para a inflação”. Na semana passada, o Copom elevou a Selic (a taxa básica de juros) em 1,00 ponto porcentual, para 5,25% ao ano. Foi o quarto aumento consecutivo.