A Dívida Bruta do Governo Geral, que representa o total das dívidas do governo federal, estadual e municipal, se manteve em 77,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em agosto, conforme dados divulgados pelo Banco Central nesta terça-feira, 30 de setembro. Em valores absolutos, a dívida aumentou de R$ 9,555 trilhões para R$ 9,620 trilhões.
Segundo o conceito utilizado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), a dívida bruta subiu de 89,8% do PIB em julho para 91,0% em agosto. O Banco Central passou a divulgar essa estatística neste ano.
O maior valor registrado na série histórica da dívida bruta, conforme o critério do Banco Central, foi em dezembro de 2020, quando atingiu 87,6%. Isso ocorreu devido às ações fiscais adotadas no início da pandemia da covid-19. Em contraste, o menor índice ocorreu em dezembro de 2013, quando a dívida chegou a 51,5% do PIB.
A Dívida Bruta do Governo Geral inclui todos os níveis do governo, exceto o Banco Central e empresas estatais, e é um parâmetro importante para as agências internacionais que avaliam a capacidade do país de pagar suas dívidas. Quanto maior a dívida, maior é o risco de inadimplência do Brasil.
A Dívida Líquida do Setor Público, que considera também as reservas internacionais do país, subiu de 63,6% para 64,2% do PIB entre julho e agosto, atingindo R$ 7,969 trilhões.
Oriovisto Guimarães, senador pelo PSDB do Paraná, apresentou um novo relatório na segunda-feira, 29, sobre um projeto que fixa um teto de 80% para a dívida consolidada da União em relação ao PIB. Entre as mudanças, está a exclusão das operações compromissadas do Banco Central nas contas do limite da dívida. O relatório será discutido na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. De acordo com os novos cálculos, a dívida da União estaria em 64,05%, abaixo do teto proposto.
Estadão Conteúdo