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sábado, 02/08/2025

Distrito Federal abre hotel social com 200 vagas para pessoas em situação de rua

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Ibaneis Rocha, governador do Distrito Federal, inaugurou nesta quarta-feira (23) o primeiro hotel social da capital, localizado na Asa Sul. O espaço foi criado para acolher pessoas em situação de rua, oferecendo 200 vagas para pernoite. Um diferencial é que o hotel também aceita animais de estimação dos hóspedes, sendo o único do país com esta característica. O investimento anual é de R$ 7,4 milhões, com contrato inicial de cinco anos, podendo ser prorrogado.

Esta iniciativa representa uma mudança significativa na forma de atendimento a essa população, proporcionando não só abrigo, mas também dignidade. Ibaneis Rocha ressaltou que, desde 2019, o governo intensificou as ações sociais, cadastrando pessoas que têm direito a três refeições diárias em restaurantes comunitários, e agora oferecem esse novo local para pernoitar.

O hotel social funciona das 19h às 8h, disponibilizando aos hóspedes local para dormir, banho quente e duas refeições diárias — jantar e café da manhã. A gestão do espaço ficará a cargo de uma Organização da Sociedade Civil (OSC). O prédio passou por reforma para melhor atender as necessidades dos usuários.

Ibaneis Rocha explicou que a ideia surgiu durante a pandemia, período em que houve aumento no número de pessoas em situação de rua. O projeto passou por dificuldades, mas hoje é uma realidade que traz esperança para esse público.

Transporte em ônibus será fornecido para facilitar o acesso ao hotel social, com saídas da Rodoviária do Plano Piloto e do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop). Animais de estimação dos hóspedes também serão acolhidos no local.

“Dar dignidade a quem vive nas ruas é mais do que oferecer abrigo. É reconhecer sua humanidade, construir caminhos de recomeço e romper o ciclo da indiferença.”, destacou Celina Leão, vice-governadora do DF.

Gustavo Rocha, secretário-chefe da Casa Civil e coordenador do Plano de Ação para a População em Situação de Rua, afirmou que o hotel social será a porta de entrada para outras políticas sociais que auxiliem a saída definitiva da rua, oferecendo dignidade e melhores condições a essa população.

A primeira-dama, Mayara Noronha Rocha, comentou que o hotel também servirá para a execução de outras políticas sociais, como a Campanha do Agasalho, e mencionou também cursos profissionalizantes e outras oportunidades oferecidas pelo governo para essa população.

Ana Paula Marra, secretária de Desenvolvimento Social, mencionou que o hotel complementa outras políticas públicas, oferecendo alojamento noturno e preparando os moradores para casas de acolhimento diurnas, onde poderão se capacitar para o mercado de trabalho. Também destacou que há quartos individualizados para grupos que necessitam de cuidados específicos, como pessoas com doenças infecciosas ou pessoas trans, para evitar qualquer risco de violência.

O hotel social substitui o abrigo provisório contra o frio que funcionava no ginásio do Centro Integrado de Educação Física (Cief), que oferecia 110 vagas durante o inverno com mais de 6,6 mil atendimentos. A intenção é expandir unidades semelhantes para outras regiões administrativas, como Oeste, Ceilândia, Taguatinga e Sol Nascente, atendendo principalmente catadores e persistindo no compromisso de melhorar a vida dessas pessoas.

O Distrito Federal foi pioneiro ao apresentar um plano de política pública para acolhimento da população em situação de rua após a suspensão das ações pelo Supremo Tribunal Federal. Coordenado por Gustavo Rocha, o plano envolve ações semanais para acolhimento, oferecendo pernoite, alimentação e higiene, garantindo uma transformação real para esta população.

Celina Leão assinou o decreto que criou o programa Acolhe DF, focado no atendimento a pessoas com dependência química e ampliando os serviços já existentes para essa população vulnerável.

Desde 2022, o governo realiza a Ação contra o Frio, disponibilizando espaços públicos para pernoite. Só em 2025, o abrigo da Asa Sul, encerrado em 22 de julho, registrou 6,6 mil atendimentos, também distribuindo agasalhos e cobertores arrecadados pela campanha Agasalho Solidário.

*Informações da Agência Brasília.

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