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segunda-feira, 17/11/2025




Disputa presidencial no Chile será entre comunista e candidato conservador

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Jeannette Jara, candidata do Partido Comunista, e o conservador José Antonio Kast vão competir no segundo turno da eleição presidencial do Chile, agendado para 14 de dezembro. Mais de 15,7 milhões de cidadãos foram convocados às urnas no domingo (16/11) para escolher quem liderará o país no período de 2026 a 2030, nesta primeira eleição presidencial com voto obrigatório desde a redemocratização.

Além disso, a votação renovou parte do Congresso, selecionando novos deputados e senadores. A segurança pública foi tema central da campanha, pois a taxa de homicídios por 100 mil habitantes quase triplicou entre 2015 e 2024, frequentemente relacionada à chegada de migrantes venezuelanos. O eleito tomará posse em 11 de março de 2026.

Jara está à frente, mas encara dificuldades

Jeannette Jara, ex-ministra do Trabalho no governo de Gabriel Boric e primeira candidata comunista desde a redemocratização, lidera as pesquisas com cerca de 27% dos votos. No entanto, sua campanha enfrenta desafios internos, incluindo divergências com o governo Boric e tensões dentro do Partido Comunista. Para ampliar seus apoiadores, Jara se distanciou do Palácio de La Moneda e indicou a possibilidade de suspender ou renunciar ao partido após uma eventual vitória, ressaltando que deseja governar para toda a população.

Ela adotou uma postura mais crítica em relação aos governos de Cuba e Venezuela, classificando Cuba como “claramente não democrática”, numa tentativa de diálogo com o centro político.

Kast ganha força com discurso sobre segurança e imigrantes

José Antonio Kast, líder da direita e fundador do Partido Republicano, também alcança cerca de 27% dos votos, chegando ao segundo turno pela segunda vez – em 2021 foi derrotado por Boric. Nesta campanha, tentou suavizar seu tom, mas manteve propostas rígidas sobre segurança e imigração.

Entre suas medidas está a exigência de que migrantes sem documentação regular colaborem financeiramente para custear seu retorno aos seus países, uma ideia contestada por adversários e especialistas pela dificuldade de implementação, especialmente em relação aos venezuelanos. Kast ainda defende cortes de 6 bilhões de dólares em despesas públicas, uma medida criticada por economistas e pelo presidente Boric pela possível repercussão negativa nos programas sociais.




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