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domingo, 05/10/2025

Direitos Humanos apoia política para cultura negra

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Em Brasília

Bruno Spada / Câmara dos Deputados

A Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que cria a Política Nacional para incentivar a produção cultural negra, valorizando artistas, grupos e comunidades.

O texto aprovado é uma versão da relatora, Daiana Santos (PCdoB-RS), referente ao Projeto de Lei 4313/24, apresentado pela deputada Meire Serafim (União-AC). O substitutivo modifica o Estatuto da Igualdade Racial, diferente da proposta original que sugeria uma lei separada.

Daiana Santos destacou que “essa iniciativa é fundamental para ampliar o acesso às políticas culturais e avançar na construção de uma sociedade mais justa, plural e equitativa.”

Meire Serafim acrescentou que “a produção cultural negra é destaque em várias áreas, mas os artistas negros frequentemente enfrentam dificuldades para acessar recursos e espaços de divulgação.”

Principais objetivos da política

  • Incentivar a criação, produção, divulgação, preservação e valorização das manifestações culturais negras, respeitando as especificidades regionais;
  • Garantir a participação justa de artistas e produtores negros nos financiamentos públicos e privados;
  • Promover formação e qualificação de profissionais negros nas diferentes áreas culturais, com foco especial em mulheres e jovens;
  • Combater o racismo estrutural, simbólico e institucional no setor cultural;
  • Articular ações interfederativas com políticas locais e estaduais de cultura e igualdade racial;
  • Valorizar e respeitar as expressões culturais dos povos de matriz africana, incluindo comunidades quilombolas.

Medidas para implementação

  • Estabelecer cotas mínimas para seleção de projetos de artistas negros em editais públicos;
  • Desenvolver programas de formação nas diversas áreas artísticas;
  • Realizar campanhas nacionais para conscientizar sobre a importância da cultura negra para a identidade brasileira;
  • Criar mecanismos de monitoramento e avaliação envolvendo a sociedade civil e movimentos negros;
  • Garantir orçamento específico para execução da política, com transparência e controle social;
  • Apoiar pesquisas, documentação e divulgação do patrimônio cultural afro-brasileiro, priorizando os acervos das comunidades tradicionais.

Próximos passos

A proposta possui caráter conclusivo, mas ainda será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para se tornar lei, deverá ser aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal.

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