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domingo, 22/06/2025




Direita promete anistiar Bolsonaro se ganhar a Presidência; saiba quem são

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Em Brasília

Pré-candidatos à Presidência pelo grupo de direita buscam consolidar força nas eleições com apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Para conquistar os votos da base bolsonarista, eles fazem uma proposta em comum: aplicar um indulto ao ex-presidente.

Os governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), já disseram publicamente que apoiam a ideia, enquanto esperam um sinal de Bolsonaro sobre quem ele vai apoiar nas próximas eleições presidenciais.

O primeiro a defender a anistia foi Ronaldo Caiado, que desde fevereiro de 2024 mantém essa posição. Em entrevista ao Valor Econômico, na véspera de manifestações organizadas por Bolsonaro em São Paulo, o governador afirmou que a anistia ajudaria a pacificar o país: “Precisamos acalmar o Brasil e buscar um ambiente político de convivência pacífica”.

Em maio, Caiado reafirmou seu posicionamento durante entrevista na Globonews, defendendo o perdão para Bolsonaro e para os condenados pelo Supremo Tribunal Federal em relação aos atos antidemocráticos envolvendo a invasão dos Três Poderes em Brasília.

Ronaldo Caiado, presidente da República: vou conceder anistia e iniciar um novo capítulo no Brasil”, declarou o governador, enfatizando que ao assumir a Presidência resolverá a questão do indulto e buscará o crescimento e a pacificação do país.

O apoio ao indulto é considerado uma condição para que a família Bolsonaro apoie algum candidato da direita para o Planalto em 2026. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) declarou em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo que o candidato bolsonarista precisará se comprometer com essa pauta.

“Tem que ser alguém que se comprometa, de alguma forma, a cumprir essa questão do indulto”, disse o senador.

Um dos candidatos com maior chance de receber o apoio do ex-presidente é o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ex-ministro do governo Bolsonaro. O ex-presidente já indicou que pretende apoiá-lo nas eleições de 2026, com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) como vice na chapa.

Essa informação é confirmada por membros do alto escalão do governo paulista e por parlamentares da direita.

Pesquisa recente da Genial/Quaest sinaliza que Tarcísio de Freitas e Michelle Bolsonaro estão tecnicamente empatados com o atual presidente Lula em um eventual segundo turno. Lula tem uma vantagem de dez pontos porcentuais em relação ao deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Em março, Tarcísio questionou a decisão da Justiça que tornou Bolsonaro inelegível: “Por que excluir Jair Messias Bolsonaro das eleições? É medo de perder, porque sabem que vão perder?”.

Tarcísio também pediu anistia para os presos pelos eventos de 8 de janeiro: “Estamos unidos para pedir anistia para os inocentes que foram injustamente punidos… quero ver quem terá coragem de impedir esse projeto”, afirmou.

Romeu Zema busca apoio

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, declarou sua intenção de concorrer à Presidência pela direita. Apesar de pesquisas recentes indicarem-o como o nome menos forte da direita, ele afirmou estar satisfeito com o cenário, considerando a diversidade de candidatos da direita como uma chance maior para tirar o PT do governo.

Sobre a possibilidade de lançar candidatura sem o apoio de Bolsonaro, Zema afirmou que seu foco é ajudar o Brasil e combater o PT no governo.

Para garantir apoio do ex-presidente, Zema garantiu que, se eleito, concederá indulto a Bolsonaro. “Sou totalmente a favor. Já concedemos perdões no passado até para crimes graves”, destacou, criticando a condenação de quem apenas fez um ato simbólico de pichação com batom em uma estátua do Supremo Tribunal Federal durante os protestos golpistas de 8 de janeiro de 2023.




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