O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aplicou uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, alegando resposta à “perseguição” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta processos no Supremo Tribunal Federal (STF). Essa decisão gerou diversas reações nas redes sociais.
De um lado, políticos de direita apoiam a medida de Trump, criticando o ministro Alexandre de Moraes e o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Por outro lado, membros do governo questionam a atitude dos bolsonaristas, que consideram incoerente apoiar sanções prejudiciais ao Brasil.
Embora a direita tenha recebido a notícia com entusiasmo, nos bastidores cresce a preocupação. Parlamentares apontam que a disputa nas redes sociais entre petistas e bolsonaristas será decisiva para definir quem terá ganhos políticos com a situação.
O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), afirmou em sua conta no X (antigo Twitter) que não deve haver divisão interna quando o país está sendo atacado, chamando de crime conspirar contra o Brasil em outros países.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que já tinha demonstrado apoio a Trump e Bolsonaro, culpou o presidente Lula pela situação e declarou que ele colocou a ideologia à frente da economia.
A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) responsabilizou o deputado Eduardo Bolsonaro, que se mudou para os Estados Unidos buscando sanções contra autoridades brasileiras, pela crise decorrente da tarifa.
Um deputado bolsonarista ativo nas redes, Nikolas Ferreira (PL-MG), acusou diretamente o presidente Lula e defendeu o impeachment em suas publicações.
A deputada Erika Hilton (PSOL-SP), do campo da esquerda, criticou Bolsonaro e aliados, afirmando que as tarifas foram impostas porque eles não aceitam a derrota eleitoral e tentaram golpe contra a democracia.
Eduardo Bolsonaro chamou a tarifa de “tarifa-Moraes”, enquanto o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) apelidou a taxação de “taxa Bolsonaro”. Paulo Pimenta ressaltou que verdadeiro patriotismo é defender a soberania do país, não alinhando-se aos interesses dos Estados Unidos contra o Brasil.