Um levantamento realizado pela Quaest, divulgado nesta sexta-feira (1º/8), mostra uma mudança significativa na reação nas redes sociais após a aplicação da Lei Magnitsky ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), medida feita pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. No início, as críticas contra Trump predominavam, mas logo os apoiadores do presidente brasileiro assumiram o debate, com menções positivas superando as negativas.
De acordo com o estudo, até as 18h do dia 1º de agosto, as menções contrárias a Trump alcançaram um total de 320 milhões em alcance. Após esse horário, os bolsonaristas tomaram a dianteira, com um salto para 613,6 milhões em menções favoráveis.
O levantamento ressalta que, embora o ritmo das postagens tenha diminuído em comparação aos dias anteriores, a discussão sobre a Lei Magnitsky permanece em evidência. O sentimento predominante mudou: anteriormente, as críticas a Donald Trump eram maiores, mas agora são os bolsonaristas que dominam a conversa (54% das menções), fortalecendo narrativas de perseguição política e acusando o STF de abusos.
O pico de menções foi registrado na quarta-feira (30/7), com mais de 1 milhão de postagens. No dia seguinte, o volume caiu pela metade, mas na sexta-feira, impulsionado por campanhas promovidas pelos bolsonaristas, o tema voltou a crescer, registrando aumento de 13% até as 18h.
Após enfrentar rejeição inicial, os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro lançaram as campanhas “Brasil acima do STF” e “Brasil com Bolsonaro”, como estratégia de contra-ataque, substituindo o foco das sanções por um discurso de ruptura institucional.
Essas ações alteraram dúvidas significativas o sentimento das menções: a parte favorável a Trump passou de 27% para 54%, enquanto a parte contrária caiu de 62% para 30%.
O instituto ressalta que em um cenário de alta polarização nas redes sociais, internautas disputam narrativas sobre o STF. Enquanto os bolsonaristas promovem as campanhas mencionadas, internautas que se posicionam à esquerda defendem a expressão “Brasil com STF” como contraponto. Até agora, as menções positivas a Trump geraram mais engajamento do que as críticas.
A pesquisa foi realizada com base em dados coletados sobre o tema nas principais redes sociais (X, Instagram, Facebook, Reddit e YouTube) e sites de notícia, utilizando uma API própria da Quaest. As análises consideraram menções feitas entre os dias 28 de julho e 1º de agosto de 2025 até às 18h.