15.5 C
Brasília
terça-feira, 21/10/2025

Dinheiro apreendido em casa vinculada a operação no Distrito Federal

Brasília
nublado
15.5 ° C
15.6 °
15.4 °
99 %
7.7kmh
100 %
ter
18 °
qua
23 °
qui
26 °
sex
28 °
sáb
30 °

Em Brasília

Durante a Operação Makeup, realizada nesta terça-feira (21/10) pela Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Ordem Tributária (DOT/Decor) em conjunto com a Receita do Distrito Federal, as autoridades civis efetuaram a apreensão de uma significativa quantia em dinheiro vivo, composta por notas de R$ 2, R$ 5, R$ 10, R$ 20 e R$ 50. O valor exato do montante apreendido ainda não foi divulgado.

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) optou por não revelar os nomes dos investigados. Contudo, fontes apuraram que o principal foco da investigação é a empresa Império da Maquiagem (IDM). A reportagem tentou contato com a empresa e aguarda resposta.

Além disso, a Justiça determinou o bloqueio de bens e valores pertencentes a empresários, contadores e terceiros usados como “laranjas” no esquema, até o montante da dívida tributária, que ultrapassa R$ 18 milhões e pode alcançar R$ 21 milhões.

Foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão relativos a suspeitos envolvidos em crimes como sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e organização criminosa. As ações ocorreram em vários locais, incluindo distribuidoras, escritórios de contabilidade e residências situadas em Vicente Pires, Ceilândia, Águas Claras, Sudoeste, Taguatinga e Park Way.

A investigação, que tem duração de seis meses, revelou a existência de uma organização criminosa atuante no setor de cosméticos no Distrito Federal e no Rio de Janeiro desde 2019. Empresários e contadores são apontados como participantes em um esquema de sonegação do ICMS através da criação de empresas fictícias.

Esse grupo criminoso criava diversas empresas, comercializava produtos como maquiagens e perfumes sem recolher os impostos devidos. Quando acumulavam dívidas, transferiam as empresas para terceiros (“laranjas”) e informavam falsamente mudanças de endereço para locais de coworking. Após isso, estabeleciam novos CNPJs para retomar as operações com o mesmo esquema fraudulento.

A ação contou com a participação de cerca de 60 policiais civis, incluindo delegados, agentes, escrivães e peritos, além de auditores da Receita.

A investigação também revelou que os suspeitos utilizaram ganhos ilícitos para adquirir veículos de luxo, imóveis em nome de terceiros e abrir novas filiais, ampliando o esquema criminoso.

Os envolvidos poderão ser processados por organização criminosa, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e falsidade ideológica, com penas que podem totalizar até 26 anos de reclusão.

Veja Também