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quinta-feira, 11/12/2025

Diferença de renda por pessoa aumenta entre homens e mulheres em 12 anos

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, no dia 5 de dezembro, dados que mostram o crescimento da disparidade na renda domiciliar por pessoa entre homens e mulheres, no período de 2012 a 2024.

Em 2012, a média da renda por pessoa era de R$ 1.720,00 para os homens e R$ 1.675,00 para as mulheres, indicando uma diferença de 2,69%. Contudo, em 2024, essa desigualdade quase dobrou, chegando a 5,97%, com mulheres ganhando em média R$ 1.960,00 e homens R$ 2.077,00.

O estudo também ressaltou uma diminuição na desigualdade de renda média por cor ou raça entre 2012 e 2024, embora as diferenças continuem sendo expressivas. Os dados fazem parte da “Síntese de Indicadores Sociais: Uma análise das condições de vida da população brasileira 2025”.

Destaques adicionais

  • Aproximadamente uma em cada quatro pessoas idosas estava empregada em 2024.
  • Entre pessoas com 70 anos ou mais, 15,7% dos homens e 5,8% das mulheres permanecem ativos no mercado de trabalho.
  • O rendimento médio pelo trabalho principal das pessoas com 60 anos ou mais foi de R$ 3.108,00, 14,6% maior do que a média de pessoas acima de 14 anos.
  • A taxa de desocupação atingiu 6,6%, o valor mais baixo desde 2012.

O cálculo da renda domiciliar por pessoa é feito somando-se todos os rendimentos da residência, incluindo salários, pensões e aluguéis, e dividindo pelo número de moradores.

A disparidade na renda média por pessoa entre homens e mulheres varia conforme a região. A Região Norte apresenta a menor diferença (3,36%), enquanto o Centro-Oeste (6,7%) e o Sudeste (6,55%) são as regiões com as maiores desigualdades. No Nordeste e Sul, a diferença foi de 4,27% e 5,53%, respectivamente.

Entre os estados, Alagoas destaca-se com a maior desigualdade, com homens ganhando em média R$ 1.385,00 e mulheres R$ 1.256,00 em 2024, o que representa uma diferença de 10,27%. Minas Gerais (9,38%), Goiás (8,64%), Sergipe (8,01%) e Rio Grande do Norte (7,48%) também são significativos em termos de disparidades.

Por outro lado, os estados do Pará (2,76%), Acre (2,02%), Piauí (0,74%), Tocantins (0,64%) e Ceará (0,08%) têm uma renda média por pessoa quase igual entre homens e mulheres.

Desigualdade por cor e raça

A disparidade na renda domiciliar média segundo cor e raça diminuiu entre 2012 e 2024, conforme relatório do IBGE. Em 2012, as pessoas brancas tinham renda média de R$ 2.305,00, mais do que o dobro das pessoas pardas (R$ 1.146,00). Para pessoas pretas, a diferença era de 89,87% e, comparando com pessoas pretas ou pardas, de 99,57%.

Em 2024, mesmo com a diferença ainda considerável, a renda média das pessoas pardas se situa em 79,59%, das pretas em 74,24%, e das pretas ou pardas em 78,51% da renda média das pessoas brancas.

Impacto dos benefícios sociais

A diferença na renda média por cor e raça é ainda maior entre a população que não tem acesso a benefícios sociais governamentais. Nessa situação, os brancos possuem rendimentos 91,87% superiores aos pardos, 85,53% maiores do que os pretos e 90,65% acima das pessoas pretas ou pardas.

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