Seguir uma alimentação adequada é essencial para manter a saúde e alcançar perda de peso, porém, dietas muito limitadas que eliminam grupos alimentares ou reduzem drasticamente as calorias podem causar efeitos negativos além da perda de peso.
A carência de nutrientes importantes, como carboidratos complexos, vitaminas do complexo B e minerais como o magnésio, interfere na produção de neurotransmissores como serotonina e dopamina, que têm papel fundamental no controle do bem-estar e da motivação. Isso pode levar a sentimentos de tristeza.
Luanna Karen Moreira, nutricionista do Hospital Santa Lúcia, explica que excluir grupos alimentares ou consumir poucas calorias deteriora o funcionamento do corpo e enfraquece o sistema imunológico, além de causar perda de massa muscular, cansaço e alterações hormonais que influenciam o humor.
O psicólogo Douglas Kawaguchi, do Hospital Sírio-Libanês, afirma que dietas excessivamente restritivas são uma forma de agressão ao corpo. A falta de nutrientes é interpretada pelo organismo como uma ameaça, disparando respostas de estresse que afetam o equilíbrio emocional.
Consequências de uma dieta muito restrita
- Deficiências nutricionais, enfraquecendo o sistema imunológico.
- Redução da massa muscular e desaceleração do metabolismo.
- Efeito sanfona, que prejudica a autoestima.
- Distúrbios digestivos, como constipação e inchaço.
- Cansaço e falta de energia, comprometendo produtividade e concentração.
- Alterações hormonais, como desregulação da tireoide e aumento do cortisol.
- Impacto psicológico, incluindo ansiedade alimentar e transtornos alimentares.
Além dos sintomas físicos, a pressão para controlar rigorosamente a dieta pode causar ansiedade, frustração e sensação de fracasso ao sair do plano alimentar.
Segundo Douglas Kawaguchi, o efeito sanfona prejudica a autoconfiança na capacidade de manter objetivos, aumentando o risco de tristeza, desânimo e baixa autoestima.
Para evitar esses problemas, Luanna Karen Moreira enfatiza que um plano alimentar saudável deve ser balanceado, contemplar todos os grupos alimentares e proporcionar prazer ao comer. Douglas Kawaguchi comenta que a perda de peso deve levar em conta o bem-estar psicológico, permitindo saciedade e vida social, mesmo que os resultados não sejam imediatos.
Especialistas concordam que o acompanhamento integrado entre nutricionista e psicólogo é fundamental para que o processo de emagrecimento seja saudável e mantenha a saúde física e mental. Além do suporte nas escolhas alimentares, essa equipe ajuda a lidar com fatores emocionais que possam causar recaídas, promovendo uma relação positiva com a alimentação.
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