Diego Coronel é o deputado federal encarregado de avaliar as penalidades recomendadas pelo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, contra os 14 deputados que interromperam as atividades da Câmara por dois dias em protesto contra a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro.
Embora a expectativa inicial fosse que Diego Coronel desse sua decisão em até 48 horas, ele esclareceu que o prazo correto é de 45 dias, conforme documentado na representação oficial que recebeu.
Diego é filho do senador Ângelo Coronel e está em seu primeiro mandato como deputado federal pelo estado da Bahia. É empresário, foi eleito com mais de 100 mil votos em 2022 e é membro do Partido Social Democrático (PSD).
Antes de assumir o cargo de deputado federal, Diego foi prefeito de Coração de Maria, um município da Bahia, entre 2008 e 2012. Naquela época, ele era filiado ao partido que hoje corresponde ao Partido Liberal (PL).
Como corregedor parlamentar desde abril de 2025, Diego Coronel tem a responsabilidade de manter a ordem e disciplina na Câmara, assegurando que os deputados cumpram as regras de conduta. Ele deve avaliar os processos disciplinares para decidir qual a punição adequada aos parlamentares que interromperam as atividades da Casa, aplicando desde advertências até suspensão, ou até arquivando o caso se não houver infração.
Além da função de corregedor, Diego também preside a comissão que analisa uma proposta de emenda constitucional relacionada à distribuição de recursos dos partidos políticos, e foi vice-presidente da Comissão de Turismo até recentemente.
Deputados envolvidos na obstrução
Em reação à prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, vários parlamentares bloquearam as mesas diretoras da Câmara e do Senado com a intenção de pautar uma anistia para os condenados na tentativa de golpe de Estado. Os deputados apontados são:
- Allan Garcês (PP-MA)
- Bia Kicis (PL-DF)
- Carlos Jordy (PL-RJ)
- Caroline de Toni (PL-SC)
- Domingos Sávio (PL-MG)
- Nikolas Ferreira (PL-MG)
- Marcel van Hattem (Novo-RS)
- Marco Feliciano (PL-SP)
- Sóstenes Cavalcante (PL-RJ)
- Zé Trovão (PL-SC)
- Marcos Pollon (PL-MS)
- Júlia Zanatta (PL-SC)
- Paulo Bilynskyj (PL-SP)
- Zucco (PL-RS)
- Camila Jara (PT-MS), representada pelo PL por suposta agressão a Nikolas Ferreira