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terça-feira, 04/11/2025




Dick Cheney morre aos 84 anos, ex-vice-presidente dos EUA

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Dick Cheney, que foi vice-presidente dos Estados Unidos, faleceu nesta terça-feira (4/11) aos 84 anos. A família confirmou a notícia, mas não revelou a causa do falecimento. Cheney foi o 46º vice-presidente, atuando ao lado do presidente George W. Bush durante dois mandatos consecutivos, entre 2001 e 2009.

Ele foi uma figura central e controversa na política americana das últimas décadas. Como vice de George W. Bush, teve papel crucial na definição das estratégias de segurança nacional após os ataques de 11 de setembro de 2001, incluindo a invasão ao Iraque em 2003 e medidas rigorosas contra suspeitos de terrorismo.

Nascido em Lincoln, Nebraska, em 1941, Richard Bruce Cheney iniciou sua trajetória política pelo Partido Republicano nos anos 1960. Foi chefe de gabinete na Casa Branca durante o governo de Gerald Ford, serviu seis mandatos como deputado federal por Wyoming, e entre 1989 e 1993 foi secretário de Defesa no governo de George H. W. Bush, pai do presidente que serviu como vice. Nesse período, esteve à frente da coordenação da Guerra do Golfo, ação militar contra o Iraque após a invasão do Kuwait.

A carreira de Cheney também envolveu o setor privado. Antes de assumir a vice-presidência, presidiu a Halliburton, uma grande empresa de energia e defesa. Essa ligação gerou acusações de conflito de interesses e críticas quanto à influência militar nas decisões governamentais.

Cheney enfrentou sérios problemas cardíacos ao longo da vida, incluindo múltiplos infartos e um transplante de coração realizado em 2012.

Com a confirmação de sua morte, líderes dos partidos republicano e democrata expressaram seus sentimentos. O ex-presidente George W. Bush declarou que Cheney foi um “conselheiro fiel e amigo dedicado”. Sua filha, Liz Cheney, ex-deputada e crítica de Donald Trump, ressaltou que ele serviu o país com bravura e convicção até o fim.

Nos últimos anos, Cheney destacou-se como um crítico de Donald Trump dentro do Partido Republicano. Apesar de tradicionalmente apoiar candidatos conservadores, ele via o ex-presidente como uma ameaça às bases democráticas. Em 2022, gravou um vídeo em apoio a sua filha, onde chamou Trump de “medroso” e de “maior risco para a república”.

A morte de Dick Cheney encerra uma era significativa na política dos Estados Unidos no século XXI. Para seus apoiadores, foi um estrategista firme que auxiliou o país a enfrentar crises e o terrorismo. Para os críticos, representou o excesso de autoridade executiva, a militarização da política externa e a falta de transparência nas decisões militares.

Após sua saída do cargo, Cheney manteve influência no Partido Republicano e foi uma das poucas vozes históricas da legenda a se posicionar abertamente contra Donald Trump.




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