Alguns dias antes de ser morta em Cascadura, na zona norte do Rio de Janeiro, a traficante conhecida como Diaba Loira compartilhou um vídeo nas redes sociais onde alegou que o influenciador digital Hytalo Santos foi espancado pelo Comando Vermelho (CV).
Na publicação, Eweline Passos Rodrigues, de 28 anos, comentou que a agressão ocorreu durante um baile funk no Complexo da Penha, em outubro de 2024.
No vídeo, a integrante da facção ligada ao Terceiro Comando Puro (TCP) afirmou: “Ele foi agredido na Penha [RJ] e, no final, precisou declarar que não tinha sofrido agressão, que tudo era mentira e que o CV são pessoas muito receptivas. Mas, na verdade, ele foi espancado”.
O caso ganhou atenção novamente depois que Hytalo Santos passou a ser investigado por tráfico humano e exploração sexual infantil. Ele e seu marido, Israel Natan Vicente, conhecido como Euro, foram detidos na última sexta-feira (15/8).
A Diaba Loira foi assassinada no mesmo dia em que Hytalo Santos e seu marido foram presos, durante um confronto nas comunidades do Fubá e do Campinho, também na zona norte do Rio de Janeiro. Ela era procurada pela Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ) por envolvimento com tráfico de drogas e organização criminosa.
Desde que deixou Santa Catarina e se juntou à facção, Eweline passou a exibir nas redes sociais armas de grande calibre, como fuzis, além de publicar vídeos desafiadores, incluindo uma frase emblemática: “Não me entrego viva, só saio no caixão”.
Vida antes do crime
Antes de ingressar no mundo do crime, a integrante do TCP conhecida como Diaba Loira morava em Santa Catarina. Casada e mãe de dois filhos, ela compartilhava um estilo de vida totalmente distinto nas redes sociais.
Sem tatuagens visíveis, costumava postar momentos com a família, fotos da gravidez e até exibir medalhas conquistadas.
Eweline vendia trufas de chocolate para ajudar a custear a faculdade de Direito, que cursava por volta de 2022. Naquela época, ela também comercializava perfumes e maquiagens pela internet.