A Lei nº 7.750/2025, publicada no Diário Oficial do Distrito Federal em 9 de outubro, estabelece o Dia do Interventor Prisional da Polícia Penal do Distrito Federal, a ser comemorado anualmente em 16 de setembro. A autoria é do deputado distrital Eduardo Pedrosa. Esta data passa a fazer parte do calendário oficial do DF para reconhecer o importante papel dos interventores prisionais na segurança e no bom funcionamento das unidades penais.
A lei também incentiva a realização de eventos que valorizem o trabalho desses profissionais e promovam debates sobre sua atuação no sistema prisional.
A função de interventor prisional no DF surgiu depois da rebelião ocorrida em 2001 no Complexo Penitenciário da Papuda, quando se percebeu a necessidade de grupos especializados para lidar com motins, rebeliões e outras situações críticas. Desde então, o DF foi pioneiro no país ao criar um treinamento específico para preparar servidores a manejar essas ocorrências com técnica e segurança.
Ao longo do tempo, o interventor passou a ser visto não só como agente de controle em crises, mas também como profissional que ajuda a manter a disciplina e a ordem, prezando pela vida e pela normalidade dentro das unidades. Eles também atuam na organização de unidades prisionais novas, implementando procedimentos operacionais.
A Diretoria Penitenciária de Operações Especiais (DPOE) é fundamental nesse processo, coordenando as ações dos interventores e planeja operações complexas como escoltas, revistas, controle de distúrbios e recaptura de foragidos. Os interventores da Polícia Penal do DF recebem treino rigoroso em gerenciamento de crises, técnicas de progressão, defesa pessoal e uso diferenciado da força, sendo reconhecidos nacionalmente pela sua preparação e profissionalismo.
Desde sua criação, os interventores do DF participaram de várias operações com sucesso, mostrando eficiência em momentos de crise. A celebração do Dia do Interventor Prisional destaca a importância dessa atividade, que exige preparo físico, psicológico e técnico para garantir a segurança do sistema prisional do Distrito Federal.
Formação
Organizado pela Diretoria Penitenciária de Operações Especiais (DPOE), o Curso de Intervenção Rápida em Recinto Carcerário (CIRRC) visa aprimorar as técnicas de intervenção em ambiente prisional, capacitando profissionais de segurança pública de todo o Brasil para atuar com segurança e eficácia diante dos desafios do sistema penitenciário.
Em agosto, o Complexo da Papuda recebeu o XXIII CIRRC, formando 38 interventores de um total de 91 inscritos. Somente os candidatos que atenderam aos requisitos técnicos, físicos e teóricos foram certificados.
A DPOE também promove o Curso Avançado de Intervenção Rápida em Recinto Carcerário (CAIRRC), que aprofunda os conteúdos do CIRRC, incluindo aspectos de gestão operacional. Esse curso forma instrutores e multiplicadores, ampliando a capacitação de interventores prisionais.
Com seis edições realizadas, o CAIRRC consolida o Distrito Federal como referência nacional na formação de interventores prisionais.
Com informação oficial do Distrito Federal