Em novembro, o Distrito Federal realizará uma ação importante para cuidar dos animais. Serão colocados microchips gratuitamente em 10 mil cães e gatos. Essa ação é organizada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, dentro do Programa Nacional de Proteção e Manejo Ético de Cães e Gatos, chamado ProPatinhas. O objetivo é melhorar o registro desses animais no Sistema Nacional de Cadastro de Animais Domésticos (SinPatinhas), incentivar o cuidado responsável e evitar que os animais sejam abandonados.
O mutirão acontecerá em parceria com sete universidades com cursos de Medicina Veterinária: Universidade de Brasília (UnB), Universidade Católica de Brasília (UCB), Centro Universitário de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Unidesc), Icesp, Maurício de Nassau (Uninassau), Universidade do Distrito Federal (UDF) e Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos (Uniceplac).
As microchipagens serão feitas nos campi das instituições, sempre com o acompanhamento de médicos veterinários. A equipe da UnB será responsável pelos atendimentos a ONGs, incluindo vacinação e microchipagem dos animais dessas organizações.
Cada tutor poderá microchipar apenas um animal por CPF, sendo necessário registrar o cão ou gato no SinPatinhas para obter o “RG Animal” exigido para a inscrição. As vagas serão divulgadas semanalmente por cada universidade, que abrirá inscrições específicas para cães e gatos. Os formulários para inscrição estarão disponíveis eletronicamente nas universidades parceiras.
O que é o microchip?
O microchip é um pequeno dispositivo, do tamanho de um grão de arroz, que é colocado sob a pele do animal. Ele contém um número único de identificação, funcionando como um RG permanente. Isso ajuda a encontrar os animais perdidos, impede que bichos sejam transferidos por pessoas que maltratam os animais e oferece um registro digital de saúde que veterinários atualizam, com vacinas e histórico clínico. Atualmente, no Distrito Federal, cerca de 1.964 cães e 760 gatos já possuem microchip.
Vanessa Negrini, diretora do Departamento de Proteção, Defesa e Direitos Animais do Ministério do Meio Ambiente, destaca: “Identificar é proteger. Cada animal microchipado representa um passo importante contra o abandono e maus-tratos, além de ajudar na criação de políticas públicas que reconhecem os animais como seres com direitos.” O governo espera usar a microchipagem para conscientizar os tutores sobre a importância do registro e do cuidado responsável, e para construir um banco de dados nacional que ajude a criar melhores políticas de proteção animal.
Este projeto piloto do Distrito Federal será ampliado para todo o Brasil por meio de uma parceria entre o Ministério do Meio Ambiente e a Fiocruz, com a compra de 260 mil microchips que serão distribuídos pelo país. Atualmente, o SinPatinhas já está presente em 97% dos municípios, com mais de 557 mil cães e 320 mil gatos cadastrados. O objetivo é aumentar muito esses números, tornando o microchip uma ferramenta confiável e permanente para o controle ético da população animal.
O SinPatinhas funciona como um mapa nacional dos cães e gatos, mostrando quantos existem, quais já foram castrados e as principais doenças que eles enfrentam. O sistema também ajuda a localizar pets perdidos, denunciar maus-tratos, impedir transferências inadequadas e fornece uma carteira de saúde digital que é atualizada em tempo real. Essa combinação de identificação, registro e controle de saúde traz mais segurança para os animais e ajuda os tutores a cuidar melhor dos seus bichinhos.
