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terça-feira, 21/10/2025

DF se destaca na COP 30 pela proteção ao Cerrado e ações sustentáveis

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Em Brasília

O Distrito Federal está pronto para participar da COP 30, que será realizada em Belém (PA), mostrando que é um exemplo para o país em sustentabilidade. Em 2024, o DF conseguiu reduzir em 95% o desmatamento no Cerrado e diminuiu as áreas queimadas em quase 67%. Além disso, a região tem investido em energia solar para uma matriz energética mais limpa.

Essa participação não é por acaso, mas resultado de um plano ambiental forte que une tecnologia, participação da sociedade e compromisso com a redução da poluição. O Brasil está sob os holofotes do mundo, e o DF prova que é possível proteger o meio ambiente sem prejudicar o desenvolvimento.

Celina Leão, vice-governadora, destaca que sustentabilidade no DF vai além das palavras: “Estamos mostrando que é possível diminuir o desmatamento, investir em energia renovável e modernizar a gestão ambiental. Na COP 30, o mundo verá que o Cerrado tem papel importante na luta contra as mudanças climáticas.”

Cerrado protegido

Um dos maiores avanços está na proteção do Cerrado. Em 2024, o desmatamento caiu drasticamente, de 638 hectares para apenas 31. Esse é o maior resultado entre os estados brasileiros, segundo o MapBiomas. Isso mostra como uso de tecnologia e fiscalização podem proteger a natureza.

O sistema Sisdia integra alertas de desmatamento, imagens de satélite e outros dados em tempo real para ajudar as equipes de fiscalização a agir rápido. Com mais de 144 mil acessos em 2024, o Sisdia é essencial para a proteção do território.

Gutemberg Gomes, secretário do Meio Ambiente, explica: “Investimos em inteligência ambiental. O Sisdia nos permite monitorar todo o território e responder rapidamente. Isso, junto ao trabalho das equipes e brigadas, garantiu esse avanço histórico.”

Combate ao fogo e proteção do carbono

Outra frente importante é o Programa de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais, que reduziu em quase 67% as áreas queimadas entre 2022 e 2024. Isso ajuda a preservar o carbono das florestas e protege o clima.

O programa usa inteligência artificial no projeto Sem Fogo para identificar rapidamente focos de incêndio e agir antes que se espalhem, combinando tecnologia e trabalho humano.

Energia limpa

A energia solar é destaque da transição energética do DF. A primeira usina pública solar, inaugurada em Águas Claras, já abastece 80 prédios públicos com energia limpa, incluindo escolas.

Novos projetos para o Supremo Tribunal Federal, Aeroporto de Brasília e mais escolas vão ampliar a energia solar, aumentando a capacidade em mais de 16 MWp.

A iluminação por LED também avança, com 60% das ruas usando essa tecnologia que economiza energia e diminui emissões de CO2. No metrô, estações já usam 100% de energia solar, exemplo de mobilidade sustentável.

Conservação e restauração

Proteger o meio ambiente também significa recuperar áreas. Em 2023, o Dia de Plantar promoveu o plantio de 30 mil mudas nativas do Cerrado com ajuda de voluntários. Em 2025, um programa vai reformar bacias hidrográficas e recuperar 100 hectares de área verde, garantindo água e conectividade da natureza.

O governo do DF e o Instituto Brasília Ambiental trabalham juntos para criar corredores ecológicos, dando espaço para animais e plantas se movimentarem e se reproduzirem, fortalecendo os ecossistemas.

A prática da economia circular cresce no DF. O Complexo Integrado de Reciclagem recebeu quase 10 mil toneladas de lixo em 2024, envolvendo cooperativas e gerando receitas. A coleta domiciliar de eletrônicos e pontos de entrega voluntária também aumentam.

Com leis que incentivam a compostagem e sistemas para monitorar resíduos em tempo real, o DF transforma o lixo em oportunidade, reduz emissões e apoia cooperativas locais.

Compromisso com o planeta

Junto com outros estados do Consórcio Brasil Central, o DF levará para a COP 30 a mensagem de que o Cerrado é tão importante quanto a Amazônia para o clima mundial. O bioma mantém nascentes, garante água para várias regiões e abriga uma biodiversidade única.

Celina Leão reforça: “A COP 30 é a chance de mostrar que o Brasil está agindo. O DF é prova disso, com ações para reduzir emissões, proteger a biodiversidade e investir em energia limpa. Estamos engajando nossa população nessa missão. O Cerrado deve ser ouvido na discussão climática, e o DF vai garantir isso.”

Com ações planejadas e resultados concretos, o Distrito Federal vai à COP para participar, inspirar e mostrar que a transformação ambiental já começou.

A COP 30

A 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima reunirá líderes mundiais, cientistas, a sociedade civil e governos para discutir ações contra a crise climática e reforçar o Acordo de Paris.

Organizada pelo Consórcio Brasil Central, que inclui DF, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Tocantins, a COP Cerrados destaca a importância do Cerrado para a agenda climática e sua ligação com a água e biodiversidade do Brasil.

Com informações da Secretaria do Meio Ambiente do DF

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