A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), em conjunto com o Ministério da Saúde, realizou nos dias 2 e 3 um treinamento para aprimorar a preparação, vigilância e resposta a emergências de saúde pública, focado no controle do sarampo. O encontro reuniu gestores e profissionais das áreas de Atenção Primária, Secundária e Vigilância em Saúde para trocar experiências e testar o plano de ação contra a doença.
“Este evento foi essencial para avaliarmos o plano de combate ao sarampo e garantir que não existam obstáculos técnicos no enfrentamento da doença. É uma oportunidade para confirmar se as estratégias adotadas estão eficazes e demonstram nosso compromisso com a população”, afirmou o subsecretário de Vigilância à Saúde da SES-DF, Fabiano dos Anjos Martins.
Em 2025, o Distrito Federal registrou um caso de sarampo em uma paciente que viajou para o exterior. Também há notificações da doença em outras regiões do Brasil, o que reforça a importância de manter uma vigilância constante e integrada. Fernando Erick Moreira, coordenador da Atenção Primária à Saúde da SES-DF, destacou que esta iniciativa ajuda a preparar os canais de comunicação, organizar os procedimentos e criar estratégias mais eficazes contra o sarampo.
Ação prática
O treinamento foi feito por meio de simulações em mesa, capacitando profissionais e avaliando o plano de resposta. Durante o evento, houve debates sobre a comunicação de risco e o combate à desinformação em relação ao sarampo. Segundo a diretora de Vigilância Epidemiológica da SES-DF, Juliane Malta, a capacitação das equipes foi fundamental para que o caso registrado no DF não tenha causado outros casos. “A resposta rápida e integrada entre vigilância e assistência, especialmente na Atenção Primária, foi vital para controlar a situação”, explicou.
Sarampo: uma doença grave
O sarampo é altamente contagioso e pode causar complicações sérias e até a morte, principalmente em crianças. A principal forma de prevenção é a vacinação com a tríplice viral, que também protege contra a rubéola e a caxumba. Crianças devem receber a primeira dose da vacina aos 12 meses e a segunda dose aos 15 meses. Adolescentes e adultos até 29 anos precisam tomar duas doses, enquanto pessoas entre 30 e 59 anos devem receber pelo menos uma dose.
O caso confirmado no Distrito Federal foi de uma mulher entre 30 e 39 anos, com sintomas iniciados em fevereiro. O diagnóstico foi confirmado após exames realizados no Laboratório Central do DF (Lacen-DF) e na Fiocruz do Rio de Janeiro. A paciente não precisou ser hospitalizada e se recuperou sem complicações.