O Distrito Federal está investigando um novo caso suspeito de intoxicação por metanol nesta sexta-feira (3), conforme informou a Secretaria de Saúde da região.
O paciente é um homem de 47 anos que se encontra em estado grave, entubado. Ele foi atendido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Brazlândia após apresentar sintomas que indicam intoxicação por metanol. A equipe médica recomendou sua transferência para um hospital com condições para tratamento mais avançado.
A secretária Executiva de Assistência à Saúde do DF, Edna Marques, explicou que um dos pacientes está internado em hospital privado com confirmação da intoxicação, enquanto o outro está sob atendimento na UPA. A Secretaria reforçou que não há razão para pânico.
O primeiro caso suspeito foi atendido na quinta-feira (2), envolvendo o rapper Hungria, de 34 anos, que foi internado em hospital particular do DF com sinais semelhantes de intoxicação. Segundo a equipe dele, ele ingeriu uma bebida alcoólica na casa de um amigo em Vicente Pires, que era a única bebida suspeita consumida.
Até o momento, os casos de intoxicação por metanol estavam concentrados principalmente em São Paulo e Pernambuco, e um novo caso suspeito foi registrado na Bahia nesta sexta-feira. O Brasil contabilizava 59 notificações até a quinta-feira (2), com 11 confirmações laboratoriais da substância, conforme o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
O metanol é um tipo de álcool utilizado em produtos industriais, como solventes. É altamente tóxico e pode causar danos sérios à saúde e até a morte se ingerido. Nas últimas semanas, provocou múltiplas internações e pelo menos três mortes em São Paulo.
Para combater os efeitos do metanol, o governo federal disponibilizou etanol farmacêutico em hospitais universitários federais e adquiriu 4.300 ampolas do antídoto, que podem ser aplicadas em diversos centros de saúde. O etanol impede que o metanol seja metabolizado no corpo, ajudando a evitar complicações graves.