O Distrito Federal está passando por um período de 124 dias sem chuva e isso tem causado o aumento da temperatura e a queda na umidade do ar. Recentemente, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta vermelho devido à baixa umidade, que caiu para menos de 12%, o que pode afetar a saúde da população.
De acordo com o pneumologista Ricardo Martins, do Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB), pertencente à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), o clima seco pode causar e agravar problemas respiratórios, especialmente os de alergia e infecções. Ele explica que as mucosas ficam ressecadas e inflamadas, ficando mais suscetíveis a doenças.
Ricardo Martins também alerta que a baixa umidade aumenta a poeira, a fumaça dos carros e as partículas das queimadas, piorando a qualidade do ar. Isso pode provocar efeitos no corpo como mudanças na pressão arterial, sangramento pelo nariz, irritação nos olhos, dores de cabeça, cansaço, fraqueza e sensação geral de mal-estar. Além disso, há maior perda de água pelas vias respiratórias e ressecamento do trato respiratório.
Para reduzir esses efeitos do clima seco, o especialista recomenda algumas mudanças na rotina, como umidificar os ambientes internos, beber bastante água e sucos naturais, usar cremes hidratantes e aplicar soro fisiológico no nariz e nos olhos. Também orienta manter uma alimentação com pouco sal, evitar exercícios físicos entre 9h e 17h e regular o ar-condicionado para temperaturas acima de 22ºC.
O HUB-UnB faz parte da Rede Ebserh desde 2013, que administra 45 hospitais universitários federais, oferecendo atendimento pelo SUS e promovendo a formação de profissionais da saúde, além de pesquisas e inovação.