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sábado, 13/09/2025

DF destaca papel importante no combate ao analfabetismo

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O Distrito Federal tem bons índices de alfabetização, mas a Secretaria de Educação do DF continua trabalhando para reduzir ainda mais o analfabetismo e fortalecer a Educação de Jovens e Adultos (EJA). No dia 10 de setembro, a SEEDF participou do Seminário Nacional de Educação de Jovens e Adultos, promovido pelo Ministério da Educação (MEC), para discutir avanços e estratégias para esse tema.

O evento ocorreu no Centro de Formação e Desenvolvimento dos Trabalhadores em Educação do MEC, em Brasília. A secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, destacou o compromisso do DF em se tornar livre do analfabetismo, ressaltando investimentos em políticas públicas e valorização dos profissionais que atuam na EJA. Segundo ela, o sucesso das ações depende da colaboração entre União, estados, DF e municípios, além do diálogo constante com o MEC.

Iniciativas e resultados no DF

Segundo dados do IBGE, em 2022 o DF teve o segundo menor índice de analfabetismo no país. A Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios mostrou que o número de pessoas sem escolaridade caiu de 4,2% em 2021 para 1,5% em 2024, resultado das políticas públicas focadas na EJA. Atualmente, 106 escolas públicas oferecem turmas nessa modalidade.

Dentre as principais ações está o Programa DF Alfabetizado, que concede bolsas para alfabetizadores e coordenadores, valorizando os educadores populares. A SEEDF também participa do Programa Brasil Alfabetizado e realiza iniciativas como o Pé-de-Meia da EJA, que oferece apoio financeiro a estudantes vulneráveis, além do PNLD EJA, garantindo material didático adequado.

O programa ProfsEJA promove formação continuada para professores, coordenadores e gestores, contando com mais de 2.800 participantes em 2025. Lilian Sena, diretora da Educação de Jovens e Adultos da SEEDF, destaca a importância de valorizar esses profissionais para melhorar o ensino.

O programa abrange ainda grupos historicamente excluídos, como pessoas privadas de liberdade e população em situação de rua. No sistema prisional, a oferta da EJA cresceu 678% entre 2021 e 2024, com 148 turmas e mais de 2 mil atendidos. Além disso, há um projeto-piloto para EJA a distância, ampliando o acesso.

Novos materiais e estudo sobre impacto econômico

No seminário, foram lançados os Cadernos EJA para o ensino médio, em parceria com a Unesco, e a série de vídeos “E aí professora”, produzida pela Fundação Roberto Marinho e Canal Futura. Também foi apresentada a pesquisa inédita “Retorno Econômico da Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos no Brasil”, que mostra como a escolarização impacta positivamente a economia e a inclusão social.

Zara Figueiredo, secretária do MEC responsável pela Educação Continuada, destacou a importância dos materiais para fortalecer a EJA em todo o país. O estudo econômico, feito em parceria com a Unesco, mostrou que a alfabetização e a conclusão da EJA aumentam a renda e melhoram a inserção no mercado de trabalho.

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