O Ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira que o Distrito Federal confirmou um caso de intoxicação por metanol, elevando para 12 o total de casos confirmados no Brasil. Além disso, 47 casos continuam sob investigação.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, explicou que embora o caso do Distrito Federal ainda conste como suspeito no sistema do CIEVS (Centro de Informações Estratégicas e Resposta de Vigilância em Saúde), o governo já confirmou a intoxicação. “Nossa equipe monitora a situação clinicamente e confirmou a presença de metanol”, afirmou.
O ministro não confirmou se este caso no Distrito Federal está relacionado ao do rapper Hungria, que foi hospitalizado na mesma data. Hungria está internado em Brasília após sentir-se mal ao consumir bebidas alcoólicas possivelmente adulteradas com metanol, e as autoridades investigam o ocorrido.
Segundo boletim médico mais recente, o cantor deu entrada no Hospital DF Star com sintomas como dor de cabeça, náuseas, vômitos, visão borrada e acidose metabólica. Ele está submetido a hemodiálise e receberá tratamento com etanol.
A equipe médica informou que o artista está sendo acompanhado de perto e já não corre risco grave.
Devido à internação, Hungria precisou cancelar seus próximos shows até o final de semana seguinte.
Diante do aumento dos casos de intoxicação por metanol, especialistas recomendam que as pessoas evitem consumir bebidas alcoólicas neste momento.
O governo federal criou uma sala de situação para acompanhar os casos. A equipe inclui representantes dos ministérios da Saúde, Justiça, Agricultura, e órgãos estaduais e municipais, além da Anvisa e dos governos de São Paulo e Pernambuco.
Na quarta-feira, a Polícia Civil e a Vigilância Sanitária realizaram uma operação em quatro estabelecimentos de São Paulo suspeitos de vender bebidas contaminadas.
Na terça-feira, o Ministério da Saúde encaminhou uma nota técnica orientando estados e municípios a notificarem imediatamente todas as suspeitas de intoxicação.