Nesta sexta-feira (19), o Brasil comemora os 35 anos da criação do Sistema Único de Saúde (SUS), que foi instituído pela Lei Nº 8.080, de 1988. Essa lei foi fundamental para garantir atendimento de saúde gratuito e acessível a toda a população. No Distrito Federal, o SUS é gerido por uma única Secretaria de Saúde, que reúne as funções de município e estado ao mesmo tempo.
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) atende cerca de 2.996.899 habitantes, oferecendo cuidados para todas as faixas etárias, desde bebês até idosos. Além de atender os moradores locais, o sistema também atende pessoas de outras regiões do Brasil. Atualmente, a SES-DF conta com 409 unidades espalhadas por todo o DF, incluindo 181 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), que são responsáveis por cuidados primários. Além disso, o Distrito Federal possui 3 hospitais especializados, 14 hospitais gerais, 18 centros de atenção psicossocial, 19 policlínicas, 35 centros de especialidades e 13 unidades de pronto atendimento.
Segundo o secretário de Saúde do DF, Juracy Lacerda, “Comemorar os 35 anos do SUS é valorizar um dos maiores avanços sociais do Brasil. Reafirmamos o compromisso de fortalecer o SUS, investir em inovação e gestão, mantendo-o como símbolo de igualdade e esperança para as próximas gerações.”
Atenção Primária
A principal porta de entrada para os serviços do SUS é a Atenção Primária à Saúde (APS), que está em crescimento. Em 2018, o DF tinha 173 UBSs; hoje são 181, ampliando o alcance do atendimento. A cobertura da APS cresceu de 61,11% da população em janeiro de 2022 para 78,58% no fim de 2024. O número de usuários cadastrados aumentou de 1,75 milhão para 2,25 milhões neste mesmo intervalo.
Entre 2022 e 2024, o número de atendimentos subiu 30,5%, passando de 3.130.332 para 4.085.135. O aumento ocorreu graças à maior oferta de serviços preventivos, diagnósticos e tratamentos. Mais de 80% das necessidades de saúde são atendidas na APS, incluindo acompanhamento de doenças crônicas, combate à obesidade, álcool e tabaco, vacinação, pré-natal, consultas, exames, entrega de medicamentos, planejamento familiar, entre outros.
A expectativa é ampliar ainda mais esses números. A Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) está construindo três novas UBSs, duas em Brazlândia e uma na Ponte Alta do Gama. Santa Maria ganhou uma nova unidade recentemente, enquanto Estrutural e Vila Rabelo estão com projetos em andamento. Cada unidade modular poderá atender em média 300 pacientes por dia.
Serviços Especializados
A SES-DF também tem expandido os serviços especializados. O número de leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) aumentou 73%, de 386 em 2019 para 668 em 2025, garantindo atendimento para casos graves e cirurgia com retaguarda hospitalar.
Na atenção especializada, a SES-DF utiliza contratos e parcerias para gestão de unidades como as 13 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), o Hospital Regional de Santa Maria, o Hospital da Criança de Brasília e o Hospital de Base do DF, que são gerenciados por organizações de saúde. O Hospital Universitário de Brasília, administrado pelo governo federal, funciona com um contrato baseado em resultados.
Além disso, a SES-DF contrata serviços na rede privada para transplantes, anestesias, radioterapia, leitos de UTI, hemodiálise, cirurgias eletivas e tratamentos cardiológicos, sempre regulados pelo Complexo Regulador do DF conforme a complexidade dos casos.
Os serviços especializados também incluem policlínicas, ambulatórios e centros de saúde mental, como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPSs). O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também está vinculado à SES-DF, garantindo atendimento rápido em emergências.
*Informações fornecidas pela Secretaria de Saúde do DF*