O desfile cívico-militar de 7 de Setembro não contou com a presença dos presidentes do Congresso, o senador Davi Alcolumbre (União-AP), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi o único chefe dos Poderes a participar do evento denominado “Brasil Soberano”.
Ao contrário do ano anterior, quando seis ministros do STF estiveram presentes na cerimônia, este ano nenhum integrante da Suprema Corte prestigiou a festa da Independência.
O tema “Brasil Soberano” enfatiza a defesa institucional das prerrogativas do Executivo, do Legislativo e do Judiciário, em face do que o governo considera uma intervenção dos Estados Unidos no país.
O presidente do Congresso, Davi Alcolumbre, passou o 7 de Setembro em seu estado, o Amapá, acompanhando o desfile em Macapá pela manhã. Já Luís Roberto Barroso cumpria agenda na França representando o STF. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), participou do desfile e esteve na arquibancada com outras autoridades.
Em 2024, seis dos onze ministros da Corte participaram do evento: além de Barroso, estiveram presentes com Lula Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Cristiano Zanin, Gilmar Mendes e Dias Toffoli. O então presidente do Congresso, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também acompanhou o presidente no desfile em Brasília, seguido de um almoço no Palácio da Alvorada.
Em um ano pré-eleitoral, diante de pressões relacionadas ao aumento de tarifas imposto pelos Estados Unidos, o desfile adquiriu um tom político e buscou influenciar debates no Congresso e no STF. O lema “Brasil Soberano” foi a mensagem central do presidente Lula contra as ações norte-americanas.
O desfile foi dividido em quatro eixos principais: Brasil dos Brasileiros, abordando a defesa da soberania nacional; a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30); o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC); e o Brasil do Futuro.