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sexta-feira, 01/08/2025

Desemprego no Brasil atinge menor nível histórico em junho

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Em Brasília

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,8% no trimestre que terminou em junho, depois de ter registrado 7% no trimestre anterior, de janeiro a março. Este é o menor índice já registrado desde o início da série histórica em 2012.

Além disso, a taxa de participação na força de trabalho atingiu 62,4%, o nível de pessoas empregadas chegou a 58,8%, e o número de trabalhadores com carteira assinada alcançou 39 milhões, todos recordes históricos.

Esses dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua) na quinta-feira, 31 de julho.

Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios, destacou que “o expressivo crescimento da população ocupada no último trimestre influenciou diversos recordes na série histórica, incluindo a menor taxa de desemprego”.

Desempenho do mercado de trabalho em 2024

No último ano, o número de pessoas desempregadas, ou seja, aquelas que não estavam trabalhando e buscavam emprego, totalizou 7,4 milhões, o menor valor em uma década, desde 2014.

O índice de ocupação, que representa a porcentagem da população em idade para trabalhar que está empregada, foi de 58,6% em 2024, superando o recorde anterior de 58,3% registrado em 2013.

Em 2024, o Brasil atingiu a marca de 103,3 milhões de pessoas empregadas, outro recorde desde 2012.

O país também criou 1,69 milhão de empregos formais com carteira assinada em 2024, um aumento de 16,5% em relação a 2023, quando foram gerados 1,45 milhão desses postos.

Queda no desemprego e crescimento do emprego, segundo o IBGE

A população desempregada diminuiu 17,4% no trimestre, totalizando 6,3 milhões de pessoas. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, houve uma queda de 15,4%, o que representa 1,1 milhão de pessoas a menos nessa condição.

Por outro lado, a população empregada bateu recorde histórico, com crescimento de 1,8% no trimestre e 2,4% no ano.

A taxa de subutilização da força de trabalho foi a menor já registrada na Pnad Contínua, com 14,4%, recuando 1,5 ponto percentual em relação ao trimestre anterior.

No último trimestre, a população subutilizada, composta por pessoas que não trabalham nem procuram emprego, mas gostariam de trabalhar, somou 16,5 milhões, com redução de 9,2% frente ao trimestre anterior e 11,7% em relação ao ano anterior.

Destaques principais da Pnad Contínua

  • Nível de ocupação: 58,8% (recorde)
  • População ocupada: 102,3 milhões (recorde)
  • Taxa de subutilização: 14,4% (menor da série, recorde)
  • População subutilizada: 16,5 milhões
  • População desalentada: 2,8 milhões
  • Empregados no setor privado: 52,6 milhões
  • Trabalhadores com carteira assinada no setor privado: 39 milhões (recorde)
  • Empregados sem carteira assinada no setor privado: 13,5 milhões
  • Empregados no setor público: 12,8 milhões (recorde)
  • Trabalhadores por conta própria: 25,8 milhões
  • Taxa de informalidade: 37,8%
  • Trabalhadores informais: 38,7 milhões

Trabalhadores com carteira assinada batem recorde histórico

O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado atingiu 39 milhões, um patamar recorde desde o início da série histórica, crescendo 0,9% no trimestre e 3,7% no ano.

O número de empregados sem carteira no setor privado foi de 13,5 milhões, com aumento de 2,6% no trimestre, mantendo estabilidade em relação ao ano anterior.

Massa salarial alcança nova marca recorde

O rendimento médio dos trabalhadores alcançou R$ 3.477 por mês no trimestre encerrado em junho, o maior valor já registrado na série histórica. Segundo o IBGE, esse valor representa o rendimento médio habitual, que cresceu 1,1% no trimestre e 3,3% no ano.

A soma total dos rendimentos dos trabalhadores, conhecida como massa de rendimentos, chegou a R$ 351,2 bilhões, também um recorde na série desde 2012. Houve crescimento de 2,9% no trimestre e 5,9% no ano.

Adriana Beringuy ressalta que o recorde na massa de rendimentos resulta do expressivo aumento da ocupação no trimestre, combinado com a elevação real do rendimento médio dos trabalhadores.

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