Dados da Codeplan foram colhidos em pesquisas por telefone e mostraram que mulheres negras estão entre os mais atingidos. Aumento foi de 0,9% em relação ao mesmo período em 2019
A taxa de desemprego do Distrito Federal apresentou um aumento na última pesquisa realizada pela Companhia de Planejamento (Codeplan). O levantamento divulgado nesta quinta-feira (21/5) analisou os primeiros meses de 2020 e percebeu que houve um crescimento no número de pessoas desempregadas.
A taxa de desmeprego é de 20,7%, na capital, durante abril, um valor 0,9% maior do que o registrado no mesmo período de 2019. A Codeplan estima 333 mil desempregados no DF até o último mês, 13 mil a mais que no ano anterior.
A pesquisa foi realizada por telefone por conta da pandemia do novo coronavírus, e ainda não reflete os impactos do fechamento de comércios, como explicou Jean Lima, presidente da Codeplan. “O levantamento foi feito em cerca de 3 mil domicílios dividido em áreas por renda. Em junho, vamos ter retrato mais fiel dos danos da covid-19 no mercado, porque aí teremos análises de abril, maio e junho”, detalha.
Thales Mendes, Secretário do Trabalho, ressaltou a importância da pesquisa para criação de políticas públicas que atendam os mais atingidos pelos números negativos. “É importante para saber que rumo vamos tomar. Dá um norte para desenvolver novas ações. Os maiores públicos afetado têm sido mulheres, chefes de família, negras entre 25 e 39 anos. Isso nos mostra que as políticas públicas têm que se voltar para eles, para que eles tenham oportunidades de entrar no mercado de forma qualificada”, afirmou.
Outro estudo recente da Codeplan mostrou que um segmento que cresceu dentro do mercado foi o número de trabalhadoras do serviço doméstico. A pesquisa “Evolução do trabalho doméstico na conjuntura recente do Distrito Federal” mostrou que, no primeiro semestre de 2015, havia 75 mil trabalhadoras neste setor, o que representava cerca de 12,2% das mulheres ocupadas. Já no primeiro semestre de 2019, havia 83 mil empregadas domésticas, dado que representou 13,3% das mulheres com ocupação naquele período.