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quarta-feira, 17/12/2025

Desembargador preso pela Polícia Federal acusa policiais por vazamento

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Detido na terça-feira (16/12) por suspeita de divulgar informações relativas a uma operação da Polícia Federal (PF) contra o Comando Vermelho (CV), o desembargador Macário Ramos Júdice Neto já havia admitido, em setembro, falhas durante uma ação contra o deputado TH Joias. Em uma sessão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, ele atribuiu a culpa às forças policiais.

“Por que não foram confiscados dinheiro e armas? Porque houve vazamento. A operação foi comprometida. E não pela Justiça Federal. Eu me opus à realização dos mandados juntamente com a Polícia Civil. Não por desconfiança da Polícia Civil, mas porque, quando muitos agentes se reúnem, vira uma reunião pública. Por isso, avisei o Superintendente: Não realize essa operação com a Polícia Civil. Mesmo assim, foi feita”, declarou Macário na ocasião.

De acordo com a PF, Júdice Neto divulgou dados sobre a operação contra o ex-deputado TH Joias em setembro, baseando-se em mensagens encontradas no celular de Bacellar, apreendido durante a prisão.

A Operação Unha e Carne investiga o papel de agentes públicos no vazamento de informações sigilosas que comprometem outra investigação, a Operação Zargun, deflagrada em setembro.

Policiais cumpriram um mandado de prisão e 10 de busca e apreensão, emitidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ainda houve buscas no Espírito Santo.

TH Joias está detido por envolvimento com a facção Comando Vermelho.

“Houve dificuldade para capturar TH, pois a operação foi comprometida. Talvez essa seja a razão. Não foram localizadas armas ou dinheiro. Após as 18h do dia anterior à prisão, eles já tinham conhecimento”, relatou o desembargador.

Para a Polícia Federal, a atitude do desembargador configurou uma tentativa imediata de minimizar os efeitos negativos.

“Foi como uma forma de proteção diante das ações que ele havia realizado dias antes”, ressaltou a PF.

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