Rodrigo Bacellar (União Brasil), ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), e Rui Carvalho Bulhões, ex-chefe de gabinete, tiveram suas conversas usadas como evidências que resultaram na prisão de Macário Ramos Júdice Neto, desembargador do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2). A detenção ocorreu durante a segunda fase da Operação Unha e Carne, realizada na terça-feira (16/12). A investigação busca elucidar o vazamento de informações confidenciais para membros do Comando Vermelho.
Segundo a decisão judicial, às 22h da noite anterior à Operação Zargun, Rodrigo Bacellar encontrou-se com o desembargador em um restaurante chamado “Churrascaria Assador”, situado na Avenida Dom Henrique, Aterro do Flamengo, Rio de Janeiro.
Na manhã da operação, as mensagens trocadas entre Bacellar e Rui sugerem uma coordenação de agendas, o que, às vistas dos investigadores, configura um possível aviso antecipado sobre a ação policial. O documento ainda indica suspeitas de que Rui tenha sido alertado já na madrugada, possivelmente em um encontro pessoal com Bacellar, considerando que não estavam no mesmo local após o amanhecer.
Detalhes da Operação
Macário Ramos Júdice Neto, do TRF-2, foi detido na terça (16/12) na segunda etapa da Operação Unha e Carne, conduzida pela Polícia Federal, que investiga a divulgação ilícita de dados sigilosos para integrantes do Comando Vermelho. O desembargador esteve afastado da magistratura por 18 anos e retornou há dois anos.
Já no começo de dezembro, Rodrigo Bacellar foi detido sob suspeita de passagem ilegal de informações confidenciais relacionadas à operação.

