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sábado, 15/11/2025




Descoberta em Pipestone Creek revela segredos dos dinossauros

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No noroeste de Alberta, Canadá, foi encontrado um dos maiores depósitos de fósseis de dinossauros já descobertos: uma vala comum onde milhares de dinossauros foram enterrados juntos após um evento súbito e devastador. Esse sítio, conhecido como Pipestone Creek bonebed, é fundamental para entender como esses animais viviam e como morreram.

A região, apelidada pelos cientistas de “Rio da Morte”, não parece impressionante à primeira vista. Mas com uma escavação simples, centenas de ossos surgem misturados: vértebras, costelas, mandíbulas, fragmentos de crânios e até ossos quase intactos. Em alguns locais, foram encontrados mais de 300 ossos por metro quadrado.

Uma descoberta que mudou a paleontologia no Canadá

O local ganhou fama internacional nos anos 1980, embora já fosse conhecido por moradores locais há anos. Sob camadas de sedimento da Formação Wapiti, estavam milhares de restos de Pachyrhinosaurus, um grande dinossauro herbívoro com até seis metros de comprimento, parente distante do famoso Triceratops. Ao invés de um grande chifre, essa espécie tinha uma protuberância óssea larga na cabeça, provavelmente usada para disputas ou demonstração de força.

O que torna Pipestone Creek especialmente interessante para os cientistas é que quase todos os fósseis encontrados pertencem à mesma espécie.

O que a vala comum nos mostra sobre esses dinossauros

As análises indicam que esses dinossauros morreram juntos em um evento catastrófico único. A teoria mais aceita é que uma inundação rápida tenha atingido a manada enquanto migrava por uma planície próxima a um rio.

Além de sua importância científica, o Pipestone Creek bonebed oferece informações sobre o comportamento desses gigantes. Como os fósseis incluem diferentes idades, os pesquisadores concluem:

  • Os Pachyrhinosaurus viviam em grandes grupos, semelhante ao comportamento de búfalos e gnus atuais.
  • A mistura de filhotes e adultos indica que tinham uma estrutura social complexa, possivelmente com cuidado coletivo dentro do grupo.

Esses dados ajudam a entender os hábitos migratórios, alimentação, comportamento de reprodução e adaptações físicas dessas criaturas pré-históricas.




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