Dario Durigan, secretário-executivo do Ministério da Fazenda, falou na quinta-feira, 27, sobre a criação da Secretaria Extraordinária do Mercado de Carbono, que surgiu como uma oportunidade após a reforma tributária. Esta nova secretaria será responsável por coordenar a implementação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões e fortalecer o Plano de Transformação Ecológica.
O mercado de carbono é um tema complexo, mas cheio de possibilidades. Durigan explicou que ele vai ajudar no crescimento econômico do país e contribuirá para aumentar a receita tanto do governo quanto do setor privado, que poderá usar os recursos do Fundo Clima para modernização.
Segundo Dario Durigan, o governo está comprometido com esse avanço desde o início da gestão em 2023, com um planejamento claro para os próximos anos, priorizando o desenvolvimento sustentável e a economia verde.
Dario Durigan destacou também que o Ministério da Fazenda está entregando resultados concretos e que a criação dessa nova secretaria é um passo importante para estruturar o mercado de carbono regulado no Brasil, um trabalho que deve continuar por anos.
Perspectiva da Secretaria do Mercado de Carbono
Cristina Reis, secretária extraordinária do Mercado de Carbono, ressaltou que o mercado é importante, mas não resolve todos os desafios climáticos sozinho. Sua secretaria tem prazo determinado até a criação de um órgão permanente para gerir o mercado.
Cristina Reis explicou que o mercado regulado do carbono visa criar oportunidades de negócios, gerar renda, reduzir desigualdades e, principalmente, trazer benefícios ambientais e climáticos.
A gestora afirmou que esta é uma jornada de muitos anos e que representa um ecossistema amplo, envolvendo governo, setor privado, comunidades tradicionais e povos indígenas, sempre com metas realistas e alinhadas à legislação vigente.
Ela também informou que, até o fim de 2026, serão publicadas normas para regulamentar o mercado de carbono no Brasil.
Cristina Reis destacou que o mercado de carbono pode impulsionar um crescimento econômico extra de quase 6% até 2040 e quase 8,5% até 2050, com redução significativa das emissões de carbono nos setores regulados, segundo estimativas do Banco Mundial. O preço do carbono deve alcançar US$ 30 por tonelada e, posteriormente, US$ 60.
Ela mencionou ainda que a indústria, por meio do Fundo Clima, poderá receber incentivos financeiros para reduzir suas emissões.
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