Célia Xakriabá destacou a necessidade de agir não só para plantar mais árvores, mas também para evitar novos desmatamentos.
No primeiro dia da Conferência das Partes sobre o Clima (COP30), em Belém (PA), os parlamentares enfatizaram a importância da valorização dos povos tradicionais, a implementação de ações locais para enfrentar as mudanças climáticas e o aumento do financiamento global para a proteção das florestas.
Célia Xakriabá ressaltou a relevância de reconhecer os diferentes ritmos da natureza e das ações humanas, destacando que os povos indígenas são o maior reservatório de carbono do planeta, papel que deve ser valorizado nas políticas ambientais. Ela reforçou que a preservação das florestas é fundamental para estabilizar o clima e garantir um futuro sustentável às próximas gerações.
Ela comparou o tempo da natureza ao das construções humanas, citando a árvore sumaúma, que é a mais alta do Brasil, alcançando cerca de 100 metros e com estimativa de idade entre 600 e 900 anos, como exemplo. A deputada mencionou catástrofes ambientais como a do rio Doce para enfatizar que certos danos são irreversíveis. Para ela, é essencial agir não apenas para reflorestar, mas também para evitar o desmatamento e preservar a saúde do planeta.
Outro ponto destacado por Carol Dartora foi a necessidade de promover justiça socioambiental e adotar políticas públicas que envolvam as comunidades locais.
Quanto aos acordos internacionais, os países têm debatido mecanismos para limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C em relação à era pré-industrial. Foi defendida a criação de um fundo global para as florestas, além do reconhecimento de que são necessários aproximadamente 1,3 trilhão de dólares para apoiar as nações em desenvolvimento na transição para uma economia de baixa emissão de gases poluentes e na adaptação às mudanças climáticas extremas.