Debate realizado na Comissão de Segurança Pública na Câmara dos Deputados discutiu novas estratégias para enfraquecer o crime organizado, incluindo grupos como PCC e Comando Vermelho. A proposta em discussão, Projeto de Lei 2646/25, visa criar ferramentas legais para atacar o patrimônio das organizações criminosas e suas empresas de fachada.
O cientista político João Henrique Martins destacou que recentes operações policiais mostraram que essas organizações funcionam como empresas, dominando setores legais da economia, e que a legislação atual não é suficiente para enfrentá-las. Ele ressaltou ainda que a baixa penalidade criminal incentiva a continuidade dessas atividades ilícitas.
Representando o Instituto Livre Mercado, Rafael Erthal defendeu um método diferente que foca em bloquear os recursos financeiros dessas organizações em vez de simplesmente prender seus líderes. Ele ressaltou que o PL prevê o sequestro imediato dos bens de suspeitos, dificultando que o patrimônio desapareça durante o processo judicial.
O presidente da Comissão de Segurança, deputado Delegado Paulo Bilynskyj, relatou que as facções agem como empresas voltadas ao lucro e à expansão, e que capturar criminosos não é suficiente para acabar com o problema, pois a estrutura financeira permanece intacta. Ele apoia o parecer favorável ao projeto para acelerar sua tramitação.
Outros parlamentares que apoiam a iniciativa incluem os deputados Ricardo Barros, Sargento Fahur, Sargento Gonçalves e Coronel Meira. Eles também estão engajados na mobilização para que o projeto seja votado com urgência.
