Hélio Lopes (PL-RJ) e Coronel Chrisóstomo (PL-RO), deputados bolsonaristas, retiraram as barracas que haviam montado na Praça dos Três Poderes, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde pretendiam ficar como forma de protesto contra o que chamavam de “ditadura escondida” e “perseguição” ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
A ação aconteceu no final da noite de sexta-feira, 25, depois que o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou a remoção imediata das barracas e proibiu o acesso e a permanência dos deputados na Praça dos Três Poderes. O ministro também notificou pessoalmente o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), para impedir qualquer novo acampamento no local.
No documento, o ministro afirmou que os deputados usaram o direito de manifestação com a intenção declarada de repetir os acampamentos ilegais e golpistas feitos em frente aos quartéis do Exército, visando derrubar a ordem democrática e atrapalhar o funcionamento das instituições do país.
A primeira barraca foi montada pelo deputado Hélio Lopes, que publicou vídeos com um esparadrapo na boca e usando uma camiseta com a bandeira de Israel, explicando que estava fazendo um “jejum de palavras”.
Hélio Lopes também enviou um ofício ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), solicitando que a sua manifestação pacífica e silenciosa fosse reconhecida oficialmente como um ato legítimo do seu mandato de deputado federal.
Logo depois, o deputado Coronel Chrisóstomo aderiu à iniciativa e publicou em suas redes sociais fotos de outros apoiadores de Bolsonaro, usando camisetas da seleção brasileira e participando do protesto.
Estadão Conteúdo