O deputado Gustavo Gayer (PL-GO) manifestou descontentamento com a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que o proibiu de visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está em prisão domiciliar.
Em entrevista ao Metrópoles, Gayer afirmou que a decisão não tem base justificável, destacando que a alegação usada para impedir a visita é infundada.
“Trata-se de mais uma determinação completamente injusta. Essa acusação mencionada é aquela alegação absurda de que eu teria uma escola de inglês e uma loja de camisetas dentro do meu escritório político e que estaria formando uma ONG para futuramente desviar emendas parlamentares. Ou seja, não tem qualquer relação com o Bolsonaro“, explicou o parlamentar.
Gustavo Gayer também zombou da suspeita de ligação com os eventos do dia 8 de janeiro. “Isso se tornou motivo de piada. Nesta mesma petição, é alegado que eu teria financiado o 8 de janeiro utilizando uma cota parlamentar antes mesmo de me tornar deputado. É como se eu tivesse viajado no tempo, conseguido a cota, voltado no tempo e financiado os eventos”, ironizou.
Ao negar a visita, Alexandre de Moraes justificou que permitir o encontro violaria outra medida cautelar estabelecida para Bolsonaro: a proibição de comunicação com réus ou investigados em processos relacionados.
O ex-presidente está em prisão domiciliar desde a decisão de Moraes que constatou o descumprimento de medidas judiciais impostas em investigação envolvendo a atuação dele e do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), seu filho, nos Estados Unidos, visando punições contra autoridades brasileiras.
Esta foi a primeira vez que um pedido para visitar Bolsonaro foi recusado por Alexandre de Moraes após o início da prisão domiciliar. No mesmo despacho, o ministro autorizou visitas de outros cinco aliados do ex-presidente: a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP), e os deputados federais Domingos Sávio (PL-MG), Joaquim Passarinho (PL-PA), Capitão Alden (PL-BA) e Júlia Zanata (PL-SC).