Por que não tentar um tratamento precoce? Estão muitos morrendo, vão morrer de qualquer jeito… Por que não tentar?
Deputado federal Aroldo Martins (Republicanos) pelo estado do Paraná, gravou um vídeo em sua rede social nessa Quarta-Feira (17), para ele, há formas de minimizar o caos e isso começa arriscando o tratamento precoce com o kit de Hidroxicloroquina, cloroquina, azitromicina e ivermectina.
O parlamentar desabafa ao compartilhar as dificuldades que vem passando ao receber diversas notícias de famílias que estão sofrendo com a perda de entes queridos, Aroldo reforça que está deputado mas é bispo da denominação evangélica, e com a função que ele tem é muito difícil ser procurado e não saber o que fazer:
“As pessoas comunicando mortes de parentes, amigos e familiares as pessoas não estão sabendo a quem recorrer, a Deus acima de tudo, mas aos homens elas não sabem a quem recorrer, então elas procuram quem elas podem, procuram um deputado amigo e a gente fica de mãos atadas, humanamente falando não sabemos o que fazer, quando espiritualmente, a gente está sempre orando.” disse Aroldo
Experiências relatadas
O repórter Hygino Vasconcellos trouxe, nesta terça (16), no UOL, a história dos irmãos gêmeos Genilton e Jailson Rodrigues, de 47 anos, que morreram de covid-19 com uma diferença de dois dias em Ponta Grossa (PR). Quando procuraram atendimento médico, receberam um kit covid e voltaram para casa. A situação deles piorou e tiveram que ser internados. Mas já era tarde.
Outra reportagem do UOL, de Leonardo Martins, traz relato de médicos e enfermeiros com pacientes internados em leitos de UTI que confessaram terem tomado vermífugo (ivermectina) de forma preventiva ou diante dos primeiros sintomas. O próprio fabricante desse produto diz que não encontrou resultados que comprovassem a eficácia dele contra a doença.
“Quando vou entubar a pessoa, ela reclama: ‘doutor, eu tomei ivermectina em casa, não é possível’. Eu tento explicar que ele não tem verme, mas não ajuda em nada na covid”, afirmou um dos enfermeiros ouvidos por Leonardo.
“Não adianta as pessoas se esconderem por trás de um comprimido de ivermectina, achando que ele vai te proteger. Não vai”, afirmou.
Isso sem contar as tristes ironias que vão ficando pelo caminho. No último sábado (13), o deputado estadual mato-grossense Silvio Antônio Fávero (PSL) morreu por complicações da covid-19 após nove dias internado. Ele havia defendido na Assembleia Legislativa a distribuição do kit covid por parte do poder público. E em fevereiro deste ano, apresentou projeto de lei “para assegurar o direito de o cidadão escolher ou não pela vacinação”.
12 mil funcionários sem COVID-19
O contraditório
Ao longo de 2020, foram realizados estudos ao redor do mundo que desmistificaram a eficácia de alguns dos remédios receitados no combate à covid-19. Em setembro, pesquisadores brasileiros publicaram na revista científica The Lancet um estudo com 400 pacientes internados com coronavírus que não tiveram alteração do status clínico após o tratamento com azitromicina. O vermífogo ivermectina, também adotado no kit, apareceu como um agravante da infecção quando aplicado precocemente em estudo feito pela Fiocruz e pela Universidade Federal do Amazonas em Manaus, divulgado no último mês de fevereiro.
A cloroquina e a hidroxicloroquina despontaram, graças ao Governo federal, como os grandes expoentes dos supostos remédios contra a covid-19. Desde 21 de março do ano passado, o presidente Jair Bolsonaro indica o medicamento para a população, exaltando-o em lives e colocando-o como responsável por sua cura quando foi infectado.
O apelo emocionado do Bispo Aroldo Martins