O deputado federal Osmar Terra (PL-RS) foi o único membro do partido a votar contra a proposta da dosimetria na Câmara dos Deputados, na quarta-feira (10/12). Dos demais integrantes da sigla, 75 apoiaram o projeto e nove não compareceram.
O plenário da Câmara aprovou durante a madrugada o PL da Dosimetria, que recalcula e reduz as penas dos condenados pelos crimes ligados à trama golpista e aos atos de 8 de janeiro de 2023.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) será beneficiado com a aprovação do PL, podendo ter sua pena em regime fechado diminuída para até 2 anos e 4 meses, conforme explicou o relator do projeto, o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP).
Quem é Osmar Terra
Osmar Terra possui um histórico político extenso, tendo ocupado cargos como ministro da Cidadania, ministro do Desenvolvimento Social, secretário de Saúde do Rio Grande do Sul e prefeito de Santa Rosa. Atualmente, é deputado federal.
Formado em medicina, o deputado iniciou sua trajetória política em 1999 e se licenciou do mandato federal para assumir a secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul em 2003.
Nas redes sociais, o parlamentar enfatiza sua proposta de PEC nº 9/2025, que visa garantir uma remuneração mínima nacional e uma política estruturada de cargos e carreiras para os profissionais da saúde do SUS.
Além disso, ele defende a retirada da vacina contra a Covid-19 do calendário infantil, afirmando que, enquanto países como os EUA já a retiraram, no Brasil, sob o governo Lula, a vacinação continua obrigatória para bebês saudáveis.
Entre os deputados do PL que não participaram da votação, alguns estavam fora do país e não puderam votar. Entre eles estão Carla Zambelli (PL-SP), Delegado Ramagem (PL-RJ), Detinha (PL-MA), Eduardo Bolsonaro (PL-SP), João Carlos Bacelar (PL-BA), Josimar Maranhãozinho (PL-MA), Matheus Noronha (PL-CE), Pastor Gil (PL-MA) e Wellington Roberto (PL-PB).
Durante uma visita ao ex-presidente em prisão domiciliar, Osmar Terra defendeu a aprovação de uma anistia ampla, geral e irrestrita para todos os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro, incluindo Bolsonaro.
Quanto aos seus planos políticos, o deputado confirmou que pretende concorrer a um oitavo mandato como deputado federal pelo Rio Grande do Sul.

