A deputada republicana Marjorie Taylor Greene anunciou na noite de sexta-feira (21/11) que deixará seu cargo a partir de 5 de janeiro de 2026. A congressista da Geórgia, que rompeu com o presidente Donald Trump, afirmou que o Poder Legislativo foi “marginalizado”.
Em vídeo, a deputada relatou que “sempre foi ignorada em Washington, D.C., e simplesmente nunca conseguiu se encaixar”. Trump celebrou a decisão e declarou que a saída de Greene é uma “ótima notícia para o país”.
Greene foi uma fervorosa apoiadora do presidente dos EUA, mas a relação entre os dois azedou após a deputada defender a divulgação dos documentos do caso Epstein. Em retaliação, Trump a chamou de “louca” e “traidora”, e afirmou que apoiaria seu adversário nas próximas eleições.
“Lutei mais do que quase qualquer outro republicano eleito para eleger Donald Trump e os republicanos ao poder. Durante todo esse período, jamais mudei de opinião ou traí minhas promessas de campanha. ‘América Primeiro’ deve significar ‘América Primeiro e Americanos Primeiro’, sem que nenhum país estrangeiro seja associado a esse lema em nossos corredores do governo”, declarou a congressista em um vídeo.
O caso Epstein foi apenas o estopim do conflito entre eles. Marjorie criticou Trump por focar demasiadamente em assuntos internacionais e negligenciar o aumento do custo de vida nos EUA. Ela também expressou críticas à operação militar de Israel em Gaza.
“Se eu for descartada pela MAGA Inc. e substituída por neoconservadores, grandes empresas farmacêuticas, corporações tecnológicas, o complexo militar-industrial, líderes estrangeiros e a elite de financiadores que não se identificam com os americanos comuns, então muitos americanos comuns também foram ignorados e trocados”, declarou Greene.
No vídeo, Greene revelou que enfrenta “ataques pessoais constantes, ameaças de morte, processos judiciais, difamações absurdas e falsidades sobre mim, que a maioria das pessoas não suportaria nem por um dia”.
