Levantamento da Secretaria de Saúde considera dados de 2 de janeiro a 9 de abril. No período, capital registrou uma morte pela doença.
O Distrito Federal registrou 26.813 casos prováveis de dengue em 2022, segundo boletim da Secretaria de Saúde, divulgado na sexta-feira (22). Os dados são referentes ao período entre 2 de janeiro e 9 de abril.
Do total, 25.655 são de moradores da capital e o restante, de pessoas de outros estados que foram atendidas no DF. Os números representam um aumento de 520,1% no número de infectados entre os residentes em Brasília, em comparação ao mesmo intervalo de 2021, quando foram registrados 4.137 casos prováveis.
Até o último boletim, o Distrito Federal registrava uma morte por dengue neste ano. A vítima é uma moradora de Sobradinho II, na faixa etária de 60 a 69 anos, que não teve a identidade divulgada.
Casos
Entre as notificações de 2022, 373 casos tiveram “sinais de alarme” e 23 casos foram considerados graves. A taxa de incidência da doença na capital é de 840,45 infecções por 100 mil habitantes.
Com 5.024 casos prováveis, Ceilândia é a região com o maior número de registros de dengue. Em seguida, aparece Samambaia, com 2.084 casos, e São Sebastião, com 1.980 notificações (veja abaixo).
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Casos de dengue por região, no DF — Foto: SES-DF/Reprodução
Como se prevenir contra dengue
A transmissão da dengue se dá pela picada da fêmea infectada do Aedes aegypti, mosquito que costuma circular em regiões quentes e chuvosas. A água parada, como a que se acumula em pratos de vasos de plantas, calhas e garrafas no quintal, é onde o inseto se reproduz.
Para evitar a reprodução do Aedes aegypti em casa e, consequentemente, reduzir os ataques do mosquito, o Ministério da Saúde reuniu uma série de orientações. Confira abaixo:
- Fazer uso de repelente sempre que estiver em áreas consideradas de infestação. Os mais indicados pela OMS são à base de Icaridina e que oferecem até 12 horas de proteção;
- Priorize o uso de roupas claras, leves e que cubram todo o corpo – o Aedes aegypti tem atração pelo suor e por cores escuras;
- Faça exames de rotina e, em caso de sintomas similares aos da dengue, febre amarela, chikungunya e zika vírus, procure a unidade de saúde mais próxima e consulte um médico.
Prevenção em casa
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Residências em Vicente Pires, no DF, recebem mutirão da Vigilância Ambiental contra a dengue — Foto: Breno Esaki/Agência Saúde
- Utilize telas de proteção com buracos de, no máximo, 1,5 milímetros nas janelas da casa;
- Deixe as portas e janelas fechadas, principalmente nos períodos do nascer e do pôr do sol;
- Mantenha o terreno de casa sempre limpo e livre de materiais ou entulhos que possam ser criadouros;
- Tampe os tonéis e caixas d’água;
- Mantenha as calhas sempre limpas;
- Deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo;
- Mantenha lixeiras bem tampadas;
- Deixe ralos limpos e com aplicação de tela;
- Limpe semanalmente ou preencha pratos de vasos de plantas com areia;
- Limpe com escova ou bucha os potes de água para animais;
- Limpe todos os acessórios de decoração que ficam fora de casa e evite o acúmulo de água em pneus e calhas sujas, por exemplo;
- Deixe portas e janelas fechadas, principalmente nos períodos do nascer e do pôr do sol;
- Coloque repelentes elétricos próximos às janelas – o uso é contraindicado para pessoas alérgicas;
- Velas ou difusores de essência de citronela também podem ser usados;
- Evite produtos de higiene com perfume, pois podem atrair insetos;
- Retire água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa;
- Coloque areia nos vasos de plantas.
