19.8 C
Brasília
domingo, 07/09/2025

Demência pode demorar mais de três anos para diagnóstico

Brasília
céu limpo
19.8 ° C
19.8 °
19.5 °
48 %
3.5kmh
2 %
seg
30 °
ter
32 °
qua
34 °
qui
33 °
sex
26 °

Em Brasília

Um estudo divulgado no International Journal of Geriatric Psychiatry revelou que o diagnóstico da demência costuma levar, em média, três anos e meio após os primeiros sintomas aparecerem. Esse atraso dificulta o início rápido de tratamentos que ajudam a manter a autonomia e o bem-estar dos pacientes.

Realizado por pesquisadores da Universidade de Londres (UCL), o estudo revisou 13 pesquisas feitas na Europa, Estados Unidos, Austrália e China, somando mais de 30 mil participantes. Para casos com início precoce da demência, ou seja, antes dos 65 anos, o tempo para obter o diagnóstico pode ultrapassar quatro anos.

O que é demência?

A demência é caracterizada por sintomas como esquecimentos frequentes, repetição de perguntas, perda de compromissos e dificuldade em lembrar nomes.

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece diagnóstico e tratamento multidisciplinar para pessoas com demência, inclusive Alzheimer, em centros especializados e unidades básicas de saúde.

Detectar a demência cedo permite iniciar terapias que retardam o avanço dos sintomas, aliviam a carga sobre familiares e melhoram a qualidade de vida dos pacientes.

Dados do Ministério da Saúde indicam que até 45% dos casos podem ser prevenidos ou atrasados.

Sintomas iniciais confundidos e atraso no diagnóstico

Os autores explicam que os primeiros sinais da demência frequentemente são confundidos com o envelhecimento natural, o que atrasa a procura por atendimento especializado.

Além disso, fatores como o preconceito social, a falta de conhecimento sobre os sintomas e sistemas de saúde com atendimento fragmentado contribuem para o atraso.

A pesquisa destacou que grupos específicos, como pessoas com tipos raros de demência, como frontotemporal, e minorias étnicas, como pessoas negras, enfrentam maiores dificuldades para obter diagnóstico, apontando barreiras sociais e estruturais.

Os autores recomendam campanhas públicas para aumentar o conhecimento sobre os sinais iniciais, treinamento específico para profissionais de saúde e melhoria na organização dos serviços de atendimento especializado.

O objetivo é reduzir o tempo entre o aparecimento dos sintomas e o diagnóstico, garantindo que pacientes e familiares recebam cuidados e suporte adequados desde cedo para lidar com a evolução da doença.

Veja Também