31.5 C
Brasília
quarta-feira, 10/09/2025

Deltan e aliados da Lava Jato comemoram voto de Fux em caso controverso

Brasília
nuvens dispersas
31.5 ° C
32.6 °
31.5 °
24 %
1kmh
40 %
qua
32 °
qui
32 °
sex
34 °
sáb
34 °
dom
34 °

Em Brasília

Políticos e especialistas jurídicos ligados à Operação Lava Jato expressam entusiasmo com o voto do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), no julgamento envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados nesta quarta-feira, 10 de setembro.

O ex-procurador Deltan Dallagnol, o ex-juiz Sergio Moro e outros apoiadores fazem menções à operação que levou à condenação do presidente Lula (PT), decisão posteriormente anulada pelo STF. Historicamente, Fux foi considerado um aliado pelos lavajatistas dentro da Corte.

Deltan Dallagnol, uma das figuras centrais na condenação de Lula na Lava Jato, comemorou publicamente o voto de Fux, afirmando que “Fux está mostrando para os ministros que o STF julgou moradores de rua no plenário, enquanto Bolsonaro, ex-presidente, permanece na turma”, em uma publicação nas redes sociais. Ele também usou uma expressão que ficou famosa nos vazamentos da Vaza Jato, embora nunca tenha confirmado sua veracidade. Escreveu: “In Fux we trust”, que significa “No Fux a gente confia”.

Em suas redes sociais, o senador Sergio Moro, responsável pela condução da Lava Jato, também manifestou satisfação com o posicionamento de Fux. Ele criticou alguns ministros do STF e o contexto do julgamento de Bolsonaro, ao mesmo tempo que parabenizou o ministro.

A procuradora da República Thaméa Danelon, uma voz importante da Lava Jato, definiu o voto de Fux como uma “aula ao vivo de Direito Constitucional e Processo Penal”.

A deputada federal Rosângela Moro, esposa do ex-juiz, também avaliou o voto do ministro, ressaltando a necessidade de anulação dos atos decisórios, mencionando que o STF atuou fora de suas competências no julgamento dos réus do dia 8 de janeiro, e criticou o que chamou de banalização da Constituição e transformação do Supremo em um tribunal de exceção.

Durante sua fala, Fux destacou que é inadequado ao STF realizar julgamentos de caráter político, salientando que o papel do juiz não deve ser confundido com o de um agente político, e que é um compromisso ético assegurar que a Constituição seja válida para todos. Essa declaração provocou reações intensas, tanto de apoio quanto de crítica, entre parlamentares e especialistas do meio jurídico.

Veja Também