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sexta-feira, 22/08/2025

Delegado preso por suspeita de desvio de 2,2 milhões na educação

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Dannilo Ribeiro Proto, delegado da Polícia Civil de Goiás, foi detido na quinta-feira (21/8) por possível envolvimento em um esquema criminoso que teria desviado mais de R$ 2,2 milhões de recursos destinados a escolas estaduais em Rio Verde, cidade do sudoeste do estado. A esposa dele, Karen de Souza Santos Proto, ex-coordenadora Regional de Educação, também é investigada.

Este não é o primeiro episódio envolvendo o delegado, que já esteve sob investigação há uma década por corrupção. Naquela ocasião, ele foi afastado temporariamente do cargo após ser acusado de extorsão contra um fazendeiro que recuperou gado roubado. O valor recebido, cerca de R$ 10 mil, conforme explicou o delegado, teria sido utilizado parcialmente para melhorias na delegacia.

Em 2015, a juíza responsável pelo caso destacou evidências substanciais indicando práticas ilegais e a possibilidade de coação da vítima, o que levou ao afastamento cautelar do delegado para evitar interferências nas investigações.

Dannilo afirmou que a quantia foi uma gratificação, parte da qual foi investida na melhoria da unidade policial, com justificativas baseadas em recibos apresentados, porém as notas fiscais não foram confirmadas pelas empresas envolvidas, e relatos de funcionários levantaram dúvidas sobre a veracidade dos documentos.

Investigação sobre desvio de recursos

O Ministério Público de Goiás é responsável pela apuração do atual caso, que envolve suspeitas de organização criminosa, contratação ilegal, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Apontam-se irregularidades em pelo menos 40 contratos sem licitação desde 2020, que beneficiaram uma instituição ligada ao delegado.

Foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão nas cidades de Rio Verde e Goiânia, com bloqueio de contas e apreensão de bens dos envolvidos, visando o ressarcimento dos valores desviados.

A Polícia Civil reforçou seu compromisso com a transparência e a legalidade, informando que os dados sobre a participação de servidores nas investigações estão sendo encaminhados para a Corregedoria da instituição.

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