A previsão média do Prisma Fiscal indica que o déficit primário do governo central para 2025 caiu de R$ 69,990 bilhões em setembro para R$ 67,568 bilhões em outubro. Também houve uma leve redução na estimativa para 2026, de R$ 81,826 bilhões para R$ 80,489 bilhões. Estes dados foram divulgados pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda em 15 de dezembro.
A meta fiscal para este ano é atingir déficit zero, com uma margem de tolerância de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB). No último relatório, o governo previa um déficit de R$ 73,459 bilhões, mas descontando os gastos que não são considerados para o cumprimento da meta, a projeção é um deficit negativo de R$ 30,189 bilhões, sendo que o limite da meta é R$ 30,970 bilhões.
Para 2026, o objetivo é alcançar um superávit primário de 0,25% do PIB, também com a mesma margem de tolerância. O governo está em tratativas com o Congresso para garantir a arrecadação necessária para fechar o orçamento do próximo ano, especialmente após a rejeição da Medida Provisória 1.303, que buscava alternativas para aumentar o IOF. Nesta quarta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), para discutir esse assunto.
Os economistas consultados pela Secretaria de Política Econômica também revisaram para baixo as estimativas da Dívida Bruta do Governo Geral como porcentagem do PIB. A mediana prevista para o fim de 2025 caiu de 79,74% para 79,60%, e para 2026, de 83,80% para 83,69%. A previsão para o déficit nominal do governo central este ano permaneceu estável em R$ 937,977 bilhões.
Quanto à arrecadação federal, a mediana aumentou ligeiramente de R$ 2,885 trilhões para R$ 2,887 trilhões em 2025, e de R$ 3,059 trilhões para R$ 3,085 trilhões em 2026. Assim, a Receita Corrente Líquida do governo central foi ajustada de R$ 2,325 trilhões para R$ 2,327 trilhões neste ano, e de R$ 2,499 trilhões para R$ 2,509 trilhões no próximo.
Já a despesa total do Governo Central teve uma pequena elevação para 2025, passando de R$ 2,396 trilhões para R$ 2,399 trilhões, enquanto para 2026, permaneceu em R$ 2,589 trilhões.