O Brasil registrou um déficit de US$ 2,93 bilhões na conta corrente em maio, conforme dados divulgados pelo Banco Central nesta quarta-feira, 25. Este valor representa o maior déficit para meses de maio desde 2022, quando foi registrado um rombo de US$ 3,47 bilhões.
Apesar do cenário negativo, o déficit foi menor que a mediana prevista na pesquisa Projeções Broadcast, que indicava um saldo negativo de US$ 3,10 bilhões. As estimativas do mercado variavam entre um déficit de US$ 4,0 bilhões a US$ 1,90 bilhão.
No acumulado do ano, a conta corrente apresenta um saldo negativo de US$ 4,89 bilhões. Em uma análise dos últimos 12 meses, o déficit aumentou de 3,24% para 3,26% do Produto Interno Bruto (PIB) entre abril e maio.
De acordo com a metodologia do Banco Central, a balança comercial teve um superávit de US$ 6,62 bilhões em maio. No entanto, a conta de serviços apresentou déficit de US$ 4,71 bilhões, a conta de renda primária ficou negativa em US$ 5,15 bilhões, e a conta financeira teve saldo negativo de US$ 4,83 bilhões.
O Banco Central projeta, para este ano, um déficit de US$ 62 bilhões nas transações correntes e uma entrada líquida de US$ 70 bilhões em Investimento Direto no País (IDP), conforme o Relatório de Política Monetária (RPM) divulgado em março. A previsão para o superávit comercial do Brasil em 2025 é de US$ 65,0 bilhões.
Essas estimativas serão atualizadas na quinta-feira, 26, com a divulgação do RPM do segundo trimestre pelo Banco Central.