Brasília, 29 – O Brasil registrou um déficit na balança comercial de US$ 157 milhões na quarta semana de setembro, conforme divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). As exportações totalizaram US$ 7,742 bilhões, enquanto as importações alcançaram US$ 7,90 bilhões no mesmo período.
O superávit acumulado em setembro é de US$ 2,160 bilhões.
Comparando da primeira até a quarta semana de setembro com o mesmo período do ano anterior, as exportações aumentaram 1,9% em média diária, somando US$ 27,623 bilhões, e as importações cresceram 14,3%, totalizando US$ 25,463 bilhões.
No total do ano até a quarta semana de setembro de 2025, o país apresenta um superávit comercial de US$ 44,972 bilhões, com exportações de US$ 255,206 bilhões e importações de US$ 210,234 bilhões.
Aberturas no acumulado do mês
O crescimento das exportações foi impulsionado pelos produtos agropecuários, que subiram 9,21% na comparação com o mesmo período de 2024, atingindo US$ 5,921 bilhões. Destaques incluem animais vivos, excluindo peixes e crustáceos (+26,25%), soja (+11,65%) e milho (+11,30%).
As vendas da indústria extrativa chegaram a US$ 6,135 bilhões, um aumento de 6,39% em relação ao ano anterior. Entre os produtos com alta estão os óleos brutos de petróleo e minerais betuminosos (+16,36%) e pedra, areia e cascalho (+48,96%), enquanto o minério de ferro teve queda de 3,79%.
A indústria de transformação teve uma redução de 2,64% nas exportações, somando US$ 15,312 bilhões. As maiores quedas foram em açúcares e melaço (-31,62%), celulose (-27,74%) e aeronaves e equipamentos (-27,17%), parcialmente compensadas por aumentos nas exportações de carne bovina (+52,92%), automóveis (+34,16%) e ouro (+94,07%).
Nas importações, a alta foi principalmente pela indústria de transformação, que cresceu 17,82%, impulsionada por uma operação com plataformas e estruturas flutuantes que adicionou US$ 2,375 bilhões, um crescimento de 15.406% em relação ao mesmo período do ano passado. Também aumentaram as compras de motores e máquinas não elétricas (+63,70%) e medicamentos e produtos farmacêuticos (+46,82%).
Por outro lado, as importações da indústria extrativa caíram 25,69%, com quedas no gás natural (-40,77%) e nos óleos brutos de petróleo e minerais betuminosos (-26,74%). Na agropecuária, as importações diminuíram 2,69%, influenciadas pela redução na compra de trigo e centeio não moídos (-17,50%) e de pescados inteiros (-12,50%).
Estadão Conteúdo